A população precisa ter conhecimento, por isso queremos tornar público o assunto. Não podemos pecar pela omissão, lasca a presidente da associação Empresarial de Itajaí (ACII), Maria Izabel Pinheiro Sandri. Ela conta que serão colocados mais de 10 placas de protesto pela city e que eles só estão esperando que fiquem disponíveis os locais onde os outdoors vão ser aplicados. A previsão é de que hoje seja colocada pelo menos uma dezena das placas. Maria Izabel confirma que a ideia teve como base o protesto que deu certo em Jaraguá, quando os vereadores voltaram atrás do que foi decidido na primeira votação e rejeitaram a mudança. Temos que olhar os bons exemplos, afirma a presidente da ACII.
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Um dos quatro tipos de outdoors vai trazer a seguinte mensagem: 12 ou 21? Se aumentar, você quem vai pagar. Maria Izabel acredita que o protesto vá sensibilizar os parlamentares pra que não acrescentem nove novas cadeiras no legislativo peixeiro. Se fala muito em representatividade, mas não está sendo feita a vontade do povo, que é quem deveria ser representado, argumenta a chefona da associação empresarial.
Banho de água fria
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Dos 12 vereadores, apenas Elói Camilo da Costa (PMDB), Laudelino Lamin (PMDB) e Luiz Carlos Pissetti (DEM) votaram contra a mudança na lei orgânica na primeira votação, que rolou antes do recesso. Agora, o projeto deve passar pelo veredicto final dos edis no dia 9 de agosto. Mas parece que os parlamentares que são favoráveis à alteração não vão mudar de opinião.
Eu não acredito que o resultado vá ser diferente. Porque há uma ética de que a primeira votação é onde a discussão tem que acontecer. A segunda só serve pra convalidar a primeira, justifica Níkolas Reis (PT). O vereador não vai mudar de ideia por causa dos protestos. A manifestação é tardia, tinha de ser feita antes. Eu não acredito que agora vá ter retorno, conclui o petista.
Sem assessor não dá!
A presidente da ACII discorda dos edis que dizem que reduzir o número de assessores parlamentares vai manter a qualidade do trampo no legislativo. Não tem como descartar os assessores. O trabalho deles é importantíssimo pro andamento dos projetos na câmara, acredita Maria Izabel. E os números consolidam a importância dos barnabés da casa do povo. Em 2004, por exemplo, quando tinham 21 vereadores e menos assessores, foram apresentados 344 indicações, 190 requerimentos e 230 projetos de lei ordinária. Já no ano passado, com mais assessores e 12 edis, a produção legislativa subiu consideravelmente: foram apresentadas 2124 indicações, 402 requerimentos e 302 projetos de lei ordinária.
Dá uma olhada na produção legislativa e compare:
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Proposições em 2004 com 21 vereadores:
Indicações - 344
Requerimentos - 190
Moções - 30
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Portarias - 130
Projetos:
Decreto legislativo - 10
Emenda - 4
Lei complementar - 19
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Lei ordinária - 230
Resolução - 15
Proposições em 2010 com 12 vereadores:
Indicações 2124
Requerimentos - 402
Moções - 40
Portarias - 209
Projetos:
Decreto legislativo - 7
Emenda - 3
Lei complementar - 28
Lei ordinária - 302
Resolução 24
Confira a estimativa dos gastos pros cofres públicos:
Previsão de gasto anual pra 2012:
12 vereadores: R$ 1.678.622,40
58 assessores: R$ 3.158.946,00
Total: R$ 4.837.568,40
Previsão de gastos anual pra 2013:
12 vereadores: R$ 2.188.680,00
48 assessores: R$ 2.409.607,91
Total: R$ 4.598.287,91
21 vereadores: R$ 3.830.190,00
63 assessores: R$ 3.472.734,64
Total: R$ 7.302.924,64
* Se aprovada a alteração pra 2013, a câmara irá gastar R$ 2.804.636,73 a mais do que gastaria se fossem mantidos os 12 vereadores. A estimativa é anual e passa dos 11 milhões de reales se considerada a legislatura inteira