Itajaí

Mototaxistas brigam por ponto em Navega

Eles dizem que um ponto que colou ao lado dos taxistas roubaria a clientela

Concorrência desleal ou pura dor de cotovelo? Há 10 anos com um ponto de mototaxi no bairro São Domingos, em Navegantes, o proprietário do Parada Obrigatória, Alex do Nascimento, 38 anos, acusa um concorrente de não cumprir a legislação municipal que os obriga a manter distância dos taxistas. Alex garante que dos 10 pontos de Navega, seis já fecharam as portas por conta da empresa que fica em frente ao ferribote.

Com 10 marmanjos trampando no ponto da rua Itajaí, Alex garante que eles tão pagando pra trabalhar. A revolta dos motoqueiros é que o ponto Parada Um, localizado na praça Nossa Senhora dos Navegantes ...

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Com 10 marmanjos trampando no ponto da rua Itajaí, Alex garante que eles tão pagando pra trabalhar. A revolta dos motoqueiros é que o ponto Parada Um, localizado na praça Nossa Senhora dos Navegantes, não respeita a lei municipal que determina que os pontos de mototaxis fiquem a uma distância de 300 metros de pontos de táxis. Então trabalham coladinhos a um ponto de táxi e tem uma clientela garantida.

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“A gente só quer que se cumpra a lei pra que todos possam trabalhar. Se continuar desse jeito só eles vão trabalhar”, desabafa Alex, que às 15h de ontem tava com todos os motoqueiros dando sopa no ponto.

“Não é por falta de investimento. A gente faz propaganda e divulga o nosso trabalho. Se eles não estivessem lá, as pessoas iam ligar pros outros mototaxistas”, acredita. Alex conta que fez um abaixo-assinado pra tentar transferir o Parada Um de lugar.

Dor de cotovelo

Há 12 anos com o ponto Parada Um, Flávio Antônio da Costa não acredita na reclamação do colega. “A gente não quer atrapalhar ninguém. Trabalho no meu canto, sossegado”, afirma.

Quando iniciou o trabalho, em 1999, não existia lei que impedissem de tocar o negócio em frente à balsinha, ao lado dum ponto de táxi. “Mas logo que saiu a lei eu já entrei na justiça e consegui uma liminar. Demorou, mas consegui uma autorização que me permite trabalhar normalmente”, conta Flávio.

De acordo com o Flávio, a classe dos mototaxistas não é unida. Os taxistas, por sua vez, nunca reclamaram do trampo dos motoqueiros ali na redondeza. “

Motoqueiro há 11 anos no Parada Um, Expedito Alves Barros, 56, acredita que o segredo do sucesso do ponto está no bom atendimento e respeito ao cliente. “O cliente pensa: Por que eu vou procurar outro lugar se eu sou bem atendido,” comenta.

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Levam de boa com os taxistas

A lei municipal 1286, de 14 de junho 1999, é clara. Determina que pontos de mototaxis mantenham a distância mínima de 300 metros dos taxistas. Contudo, o pessoal que leva e traz o povão de carro não tá nem aí pra isso. O DIARINHO conversou com os taxistas da praça Nossa Senhora dos Navegantes, em frente ao ferribote, e eles afirmam que não se sentem prejudicados com o trampo dos motoqueiros com quem dividem a rua.

Muito pelo contrário, mantêm um ótimo relacionamento. “Um passa corrida pro outro, ajudamos nos trocos, até tomamos cafezinho juntos”, garante um deles, Ronaldo Francisco Lopes, 54 anos e 30 de profissão. O trabalhador ainda acredita que quem não gosta de andar de moto não vai procurar os motoqueiros. “Quem gosta de táxi, vai de táxi”, fala Ronaldo, que trampa de boa no centro de Navegantes.

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Prefa diz que tá cumprindo a lei

Contra fatos não há argumentos. Em 2005 o ponto de táxi Parada Um conseguiu na dona justa autorização pra tocar o serviço na pracinha do centro a menos de 20 metros de um ponto de táxi. “Ele [Flávio] tem o ponto antes da lei entrar em vigor e por isso pode ficar ali”, esclarece o advogado da secretaria de Segurança e Defesa Social, Alexsander Bernardes de Souza.

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“Eu não posso ir contra a justiça. Agora os mais novos têm que cumprir a lei”, explica o superintendente do trânsito dengo-dengo, Joab Bezerra Duarte. De acordo com o abobrão, Alex o procurou pra resolver esse problema, mas não quer aceitar a decisão. “Ele começou a atividade depois e acha que porque tem uma lei municipal eu tenho que ir lá fechar o outro estabelecimento. Eu acho que ele deveria procurar uma forma de fazer o serviço dele render”, manda Joab.



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