A dona justa condenou a 21 anos e seis meses de cana o gurizão Fernando Gomes França, 18, pelo latrocínio – roubo seguido de morte – do vigia noturno Antônio Fernandes de Souza, 59. Fernando e o dimenor D.B.O., 16, mataram o coitado no dia 17 de maio, numa creche no bairro Porto das Balsas, em Navegantes. A sentença foi dada pela juíza Márcia Krischke Matzenbacher.

Fernando foi preso no dia do crime e aguardou o julgamento no xilindró. Como foi um crime bárbaro, a juíza não deu o direito de o acusado responder em liberdade. “O crime cometido demonstra a frieza do acusado e a necessidade de resguardo do meio social”, justificou a dotôra.

O advogado Rodrigo Fernandes, que defendeu Fernando no processo, alegou que o réu não levou nada da vítima, portanto deveria ter sido julgado e condenado por assassinato e por não latrocínio.

O advogado informou que não foi informado oficialmente da condenação e só depois de intimado, irá conversar com a família pra decidir se vai vai recorrer da decisão. “Muito provavelmente, a família vai querer recorrer. Ninguém nega que houve o assassinato, mas existe a discussão sobre a natureza do crime”, concluiu.

A assessoria da vara Criminal do fórum de Navegantes justificou que Fernando foi condenado por latrocínio, pois a dupla queria roubar uma geladeira da creche. “O rapaz menor de idade admitiu que eles entraram na creche para roubar a geladeira. O outro [Fernando] disse que eles foram apenas pra fazer xixi”, explicou a assessora, que preferiu não se identificar.

Covardia

Fernando e D. foram presos na madrugada do dia 17 de maio depois de assassinar a pedradas e pauladas o vigia. O barnabé da prefa cuidava da creche Nerozilda Pinheiro Ferreira, na rua Eduardo Couto, no momento do crime. A dupla de covardes invadiu a creche onde tava Antônio e o agrediu com socos, pontapés, pedradas e pauladas, até vê-lo cair morto no local.

A selvageria foi tamanha que Fernando, o primeiro a ser preso, tava com as mãos sujas do sangue do vigia. O dimenor foi preso pela polícia sete horas depois do crime, quando tentava siscapulir pra Itajaí pela balsinha da Barra do Rio. Os dois já tinham passagem pela polícia por roubo, furto e tráfico de drogas.