Roupas e calçados vão liderar as vendas de presentes para o Dia dos Pais deste ano. É o que acreditam lojistas do Brasil inteiro ouvidos por pesquisadores da empresa Serasa Experian. “A venda de calçados e artigos de vestuário, como calças, camisas e gravatas sempre tiveram um participação importante nessa data”, reforça Altamir Osni Teixeira, presidente da câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do Balneário Camboriú.

Pela pesquisa dos sabichões da Serasa Experian, roupas, sapatos e acessórios vão representar uma média de 56% de tudo que os pápis brazucas vão ganhar este ano. A preferência pelas roupas e calçados costuma ser tão grande, que na Maravilha do Atlântico, por exemplo, as vendas nesse segmento mais do que dobram nas semanas que antecedem ao Dia dos Pais, afirma Altamir.

Produtos eletrônicos, como celulares, smartphones, câmeras fotográficas, aparelhos de GPS e até computadores ficam em segundo lugar na preferência do consumidor que quer fazer um agrado pro veinho em casa. Eles deverão representar cerca de 30% de tudo o que sairá das lojas, aponta a pesquisa da Serasa.

O chefão da CDL da Maravilha do Atlântico acredita que o consumidor local vai seguir a tendência nacional e também optar por eletrônicos como segunda opção de presentes. Vinhos são também produtos que costumam ser vendidos na data que homenageia os país, diz ainda Altamir.

Presentes mais baratos

A maioria do povão vai gastar pouco pra presentear o pai. 66% dos consumidores vão optar por mercadorias de até R$ 100, acreditam os lojistas. Se for considerar presentes até 50 pilas, a expectativa é que eles sejam os preferidos de 25% do povão. “Com certeza o endividamento dos brasileiros reflete nesse resultado”, comenta Altamir Teixeira.

Cuidado na hora de comprar o presente do pápis

Pra se dar bem ao comprar o presente do Dia dos Pais, o advogado Rafael Martins Seára, chefão da procuradoria de Defesa do Consumidor (Procon) da prefeitura de Itajaí, dá algumas sugestões e dicas pro povão que já começa a bater perna pelo comércio. Algumas podem ajudar você a evitar dores de cabeça mais tarde. Outras ensinam como agir se o produto comprado pro pápis escangalhou ou não não caiu no agrado do véio.

Com nota fiscal

Compre apenas no comércio legalizado. “Camelôs e vendedores ambulantes não lhe darão nota fiscal e, sem ela, você não terá direito à garantia do produto”, alerta o dotô.

Dinheiro na mão

Procure sempre comprar no quéche. “No pagamento à vista você sempre consegue bons preços e até mesmo barganhar descontos”, ressalta o advogado, lembrando ainda: “Se parcelar, procure optar pelo número de parcelas em que não incidirão juros”.

Veja se ele gosta

Compre marcas já aprovadas no mercado ou do gosto do seu pápis. Isso evita surpresas quanto à qualidade do produto e também a famosa troca de presente na loja.

Confira

Teste o que comprar. “Quando não foi possível testar, como no caso de roupas e calçados, olhe bem para o produto, para ver se ele não tem qualquer defeito e se tem um aspecto que não lhe passe segurança”, ensina Rafael.

De olho no bolso

Tenha um controle do seu orçamento pessoal e saia de casa já sabendo até onde pode gastar. “Lembre-se que daqui a menos de seis meses tem o Natal e se não houver um controle das dívidas, elas se tornam uma bola de neve”, faz questão de dizer o chefão da Procon.

Mande escrever

Se o vendedor garantir que podem rolar trocas posteriores, em especial de roupas e calçados, peça que anote isso na nota fiscal.

Devolva na hora

Se a mercadoria chegar na sua casa com defeito, no caso das que forem entregues pela loja, nem a aceite. Mande de volta e faça uma anotação na nota fiscal. Depois vá à loja e exija a troca por uma mercadoria inteira.

Reclame

Você tem três meses pra reclamar de defeitos das mercadorias que já levou pra casa. A loja não terá obrigação imediata de trocar o produto e sim mandar consertá-lo. O prazo é de 30 dias. Depois disso, ou o comércio lhe dá outra mercadoria ou lhe devolve a grana.

Data vai tirar comércio do Balneário do sufoco

O Dia dos Pais é a data do ano em que mais comerciantes acreditam que o crescimento de vendas ficará o mesmo do ano passado. Do 1016 empresários e dirigentes varejistas ouvidos pelos sabichões da empresa Serasa Experian, 36% acredita que o faturamento se igualará a 2010. Altamir Osni Teixeira, chefão da CDL do Balneário Camboriú, faz parte desse grupo. “No Dia dos Pais há sempre um incremento de 5% a 6% no volume de vendas em geral”, afirma.

Mas este ano, a data tem um aspecto especial pros comerciantes da Maravilha do Altântico, ressalta o chefão da CDL. Ao menos pr’aqueles que atuam no setor de vestuário. “O Dia dos Pais vai ser a salvação do comércio nesse início de agosto”, exagera Altamir, referindo-se à queda vertiginosa no movimento de clientes, registrada nas últimas semanas.

A razão, explica Altamir, é o frio que este ano chegou mais cedo. A friaca fez com que as lojas antecipassem as vendas de inverno e já trocassem as vitrinas pelas coleções de primavera. O problema é que o frio enganou todo mundo e não foi embora. “Isso acabou atrapalhando as vendas”, argumenta o presidente da CDL.