Após quase 48 horas de bloqueio pra entrada e saída de navios, o rio Itajaí-açu voltou a ser praticável. A liberação rolou após uma avaliação da correnteza feita pelos práticos, às 13h de ontem. Sete navios e dois rebocadores esperavam pra atracar em Itajaí e Navegantes no momento da liberação da boca da barra.
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Segundo o gerente de praticagem do porto peixeiro, Daniel Poffo, por precaução, a liberação ocorreu com restrições. Como as condições não são ideais, a liberação foi parcial. Há restrições com ...
Segundo o gerente de praticagem do porto peixeiro, Daniel Poffo, por precaução, a liberação ocorreu com restrições. Como as condições não são ideais, a liberação foi parcial. Há restrições com relação a calado e carga, mas a descarga dos sete navios que aguardavam deve ocorrer o mais rápido possível, informa Daniel.
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Mesmo com a paralisação, as empresas que trabalham no porto garantem que o trampo continua normalmente. Há outras atividades no porto, mesmo sem a atracação. Apesar de não ser a situação ideal, temos que esperar. Não podemos ir contra a natureza, declara Eclésio da Silva, presidente do sindicato das Agências de Navegação de Itajaí.
As administrações dos portos não divulgaram o valor do prejuízo que a brecada pode ter causado, mas alguns funcionários da área calculam que um navio parado pode perder até 50 mil dólares por dia. Em nota, a empresa Portonave, administradora do porto de Navega, informa que não fez cálculos de possíveis prejuízos financeiros e que, em casos de bloqueio de boca do rio, o tempo ocioso dos funcionários é aproveitado pra treinamentos e reuniões de trabalho.
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Balsinha liberada à tarde
As condições ruins de navegação também interferiram na balsinha que faz a travessia entre Itajaí, na Barra do Rio, e Navega, no bairro Machados. Ela ficou parada na manhã de ontem, mas no início da tarde voltou a funcar. Na travessia da balsa da Barra do Rio há uma curva que ela tem que fazer e, com condições ruins, é perigoso. Fizemos três travessias de manhã, mas depois entendemos que era melhor interromper. Já no ferry boat o percurso é mais simples e a embarcarção pode aguentar até oito nós de correnteza, explica Wilimar Keller, gerente de logística da empresa de Navegação Santa Catarina, responsável pelo serviço.