Enquanto um lado usa as cifras como argumento e o outro se apoia no termo representatividade, o cientista político Eduardo Guerini defende a democratização de uma decisão tão importante como alterar o número de vagas no legislativo. Deveria ter sido feito um plebiscito. Não deveriam ser os vereadores propondo essa mudança, pois eles têm uma visão muito particular e corporativista. Eles estão indo na contramão do interesse da maioria, ou seja, não estão representando a população, mas os interesses próprios, afirma o especialista.
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Ele diz que a prerrogativa de aumentar o número de cadeiras não é dos parlamentares e sim do povo. Por isso, Guerini instiga a manifestação. As entidades e a população deveriam se organizar e obstruir ...
Ele diz que a prerrogativa de aumentar o número de cadeiras não é dos parlamentares e sim do povo. Por isso, Guerini instiga a manifestação. As entidades e a população deveriam se organizar e obstruir a sessão, para que eles não possam votar esse projeto. Depois, exigir o plebiscito, provoca o cientista político. Ele diz que as negativas através de campanhas colocam em xeque o aumento e reforçam que é preciso pensar em qualidade da atividade parlamentar, e não em quantidade.
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A elevação no número de vereadores não aumenta a qualidade. Pelo contrário, são mais pessoas para atender aos interesses partidários, destaca Guerini, confirmando que, por ter o poder de eleger os representantes, cabe à população decidir se quer ou não mais parlamentares. O cientista político ainda alerta para uma análise mais séria da situação: se aprovado, mesmo contra o desejo da maioria do povo, significa que os vereadores estão usando atributos autoritários.
OPINIÃO EM NÚMEROS
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Pela pesquisa do IPS-Univali:
64,58% dos itajaienses querem que a câmara continue com 12 vereadores;
Pela enquete do observatório Social de Itajaí (OSI):
69,65% dos quase três mil internautas que participaram são contra o aumento
Pela enquete no site do DIARINHO:
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90,8% rejeitam a alteração de 12 para 21 vereadores