No último sábado, às 4h da manhã, depois de nove horas de sessão, a câmara aprovou o impeachment do véio. Samir diz que seus advogados vão entrar com recurso no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) pra cancelar a cassação.
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Os parlamentares viraram a madrugada pra fazer a sessão nos conformes. Antes da votação, foram lidas mais de mil páginas do processo. Fizemos tudo de acordo com o regimento interno pra não ter nenhum tipo de problema depois. Inclusive, gostaríamos que o voto fosse aberto, mas respeitamos o regimento e fizemos a votação secreta, explica o presidente da câmara, Nivaldo José Ramos (DEM).
Samir tinha o direito de aparecer pra sidefender das acusações durante o julgamento. No entanto, o véio não deu as caras e nem mandou representante legal. Antes da decisão, o plenário, que tinha se esvaziado lá pelas 22h, voltou a ficar cheio. O povão tava doido pra saber se os vereadores iam enterrar o prefeito de vez. Como determina o regimento interno, os parlamentares só tinham que fazer um xis no sim ou no não à cassação.
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No fim, sete deles foram favoráveis ao impeachment. Um foi contra e outro fingiu que assinalava e colocou o papéli em branco na urna.
Pegaram leve nas acusações
Apesar da dona justa ter apresentado uma lista de supostas irregularidades na administração de Samir, a comissão Processante, que investigou as tretas do prefeito e recomendou o impeachment à câmara, focou na omissão de papélis do executivo pro legislativo. Passar informações pra câmara é um princípio constitucional, mas ele se negava. E o motivo da omissão ficou escancarado depois da operação da polícia Federal, comenta o vereador que presidiu a comissão, Carlos Alberto da Silva (PR), o Tinho. Mesmo fazendo parte da coligação que elegeu Samir, ele foi enfático quanto ao posicionamento contrário às maracutaias da administração.
Explica porque não foi
Samir disse que não apareceu no julgamento porque lá não era o lugar dele. Tá cheio de erros nessa acusação. O argumento dos vereadores é que eu não mandava documento. Mas nossa administração foi transparente. Só que eles solicitavam documentos com mais de três mil folhas só pra nos dar trabalho e nada mais, reclama o ex-prefeito.
Ele confirma que não enviava os papélis pra casa do povo porque pensava no bem da população. Estipulamos que não mandaríamos documentos com tantas páginas porque seria um desperdício do dinheiro público, conclui o político, cheio das boas intenções.
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Hackers invadem saite da prefa da Barra Velha
O saite da prefa de Barra Velha foi invadido ontem, durante a madrugada. Os invasores, que assinaram a ação com os dizeres Anti-Security Brazil, publicaram frases como legalize já e a letra da música Cachimbo da Paz, do cantor Gabriel, O Pensador.
O conteúdo, segundo o prefeito Claudemir Matias Francisco (PSB), fazia apologia ao uso de maconha e trazia mensagem ligada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que defende a descriminalização da erva do Bob Marley.
Foi a secretaria de Saúde de Barra Velha, Vera Satin, quem avisou ao prefeito da invasão. Ela ligou pro mandatário às 10h30 de domingo. O saite foi retirado do ar às 16h40 e voltou a funcar às 17h30. Só amanhã [hoje] teremos a exata noção do que aconteceu. Vamos verificar se eles [hackers] modificaram alguma coisa na página, diz Claudemir. O prefeito registrou boletim de ocorrência na polícia Civil e ficou de informar o caso à polícia Federal.
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