Petista é companheiro? Há controvérsias. Em Itapema, a vereadora Beloni de Fátima da Silva Correia (PT) vai trampar durante o resguardo pra não deixar a cadeira pro suplente. Eder Kommers (PT) já tinha até protocolado pedido na câmara pra pegar o lugarzinho da nova mamãe, mas Beloni não vai ficar de molho por 40 dias, como ficam as mulheres que se submetem à cesariana. O departamento jurídico da casa do povo confirmou que, neste caso, a parlamentar não pode ser obrigada a se licenciar.
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Na sessão da última terça-feira, seis dias depois de parir, a parlamentar já tava no plenário pra participar da votação que colocou Preto Vieira (PMDB) no comando do legislativo. O suplente tava ...
Na sessão da última terça-feira, seis dias depois de parir, a parlamentar já tava no plenário pra participar da votação que colocou Preto Vieira (PMDB) no comando do legislativo. O suplente tava exigindo que eu tirasse licença-maternidade, mas decidi junto com meu conselho de mandato que não vou tirar, vou renunciar a esse direito, afirma Beloni. Ela diz que vai poder dar atenção pra pequerrucha. O horário de trabalho de um vereador é flexível. Além do mais, seriam dois gastos pro cofre público: me pagar e pagar o suplente. Por isso abdiquei da licença, justifica a petista.
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Pro primeiro suplente da coligação, Eder Kommers (PT), a atitude de Beloni é incoerente. Não sei dizer o motivo dessa decisão dela, inclusive, foi ela quem lutou pra aprovar o projeto que passou a licença-maternidade das servidoras públicas pra seis meses. Então, não faz sentido, destaca Eder. Ele ainda lembra que o acordo era que a licença-maternidade de Beloni fizesse parte do rodízio dos vereadores do PT.
Este ano, Eder assumiu uma cadeira na câmara no lugar de Luiz Carlos Vieira (PT); e o segundo suplente, Jucelino Schmitt (PT), entrou no lugar de Vanio Cesar Vieira (PT). Agora seria a vez de Beloni deixar o terceiro suplente, Moacir César Matiolo (PT), sentir o gostinho da vereança. Eder disse que ainda tá esperando a resposta da câmara ao papéli que ele protocolou. No entanto, pelo parecer do jurídico, o petista já pode ir tirando o cavalinho da chuva. O requerimento da licença-maternidade é inerente à mãe, portanto, Beloni não sai da cadeira.
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