Se você anda de carango ou motoca, então prepare o bolso. O preço do álcool e da gasolina vai subir. É o que diz o empresário Roque André Colpani, presidente do sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis). Nos últimos dias, informa Roque, as distribuidoras venderam combustíveis para os postos da região com aumento.
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O suco de cana foi o que mais teria tido o preço reajustado. Houve um aumento de 15 centavos no etanol e isso refletiu no preço da gasolina vendida aos postos, que aumentou cinco centavos, diz ...
O suco de cana foi o que mais teria tido o preço reajustado. Houve um aumento de 15 centavos no etanol e isso refletiu no preço da gasolina vendida aos postos, que aumentou cinco centavos, diz o chefão do Sincombustíveis.
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Por enquanto, o preço nas bombas, aquele que você paga quando abastece, não sofreu os reflexos do aumento das distribuidoras. Mas uma hora esse aumento terá que ser repassado para o consumidor final, adianta Roque. Ontem, a gasosa era vendida em boa parte dos postos de Itajaí com preço entre R$ 2,55 e R$ 2,60 o litro. O álcool girava em torno de R$ 2,29.
Problemas na safra da cana
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O aumento dos combustíveis no segundo semestre é algo sazonal, explica Roque Colpani. É que chega ao fim a safra da cana e o produto fica escasso. Mas, este ano, pra piorar a situação, a estimativa de aumento da produção não se confirmou. Pelo contrário. No centro-sul do Brasil, a moagem de cana será de 530 milhões de toneladas, bem menor que os 560 milhões esperados e abaixo dos 540 milhões do ano passado, quando já rolou perigo de desabastecimento de etanol.
Menos cana, significa menos álcool. Essa é a deixa que os usineiros esperam pra botar o preço lá em cima. O preço da gasosa também aumenta, lembra o chefão do Sincombustíveis, porque o produto final leva na sua composição 25% de álcool.
Tem que diminuir proporção da mistura
Pra Roque Colpani, os engravatados da agência Nacional do Petróleo, Biocombustíveis e Gás (ANP) tão marcando toca em não diminuir a proporção do álcool que vai na gasosa. Uma das soluções dessa crise é diminuir dos 25% pra 18%, como já foi autorizado pelo governo, afirma. Com isso, sobraria etanol no mercado e a lei da oferta e da procura se encarregaria de segurar a alta do preço do álcool e, por consequência, da gasosa.