Mais ensaboado que jundiá de fundo de rio. Foi assim que se comportou Leônidas Cristino, ministro-chefe da secretaria Especial dos Portos, na coletiva que concedeu à imprensa, pouco antes do meio-dia de ontem, no terraço do prédio da alfândega do porto de Itajaí. Todas as respostas do abobrão às perguntas que lhe foram feitas foram genéricas e dissimuladas. Em relação a uma delas, feita pelo DIARINHO, chegou a confessar depois que não estava por dentro do assunto.
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O ministro preferiu se escorar nas obras do PAC pra responder boa parte das perguntas. Lembrou dos R$ 55 milhões do custo da dragagem do rio Itajaí-açu que está sendo bancado pela secretaria Especial ...
O ministro preferiu se escorar nas obras do PAC pra responder boa parte das perguntas. Lembrou dos R$ 55 milhões do custo da dragagem do rio Itajaí-açu que está sendo bancado pela secretaria Especial dos Portos e dos R$ 16 milhões para as obras do molhe norte da entrada da barra. Leônidas Cristino também garantiu que a segunda fase do programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) prevê o reforço dos berços 3 e 4 do porto de Itajaí. Estamos cuidando de todos os portos públicos nacionais e Itajaí é muito importante para essa região do Brasil, fez questão de dizer.
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Mas foi nas questões polêmicas que o ministro deu uma de liso. Estamos ainda analisando todos os modelos, disse, ao ser perguntado sobre o fim do prazo da concessão do porto de São Francisco do Sul, que acontece em setembro e sequer há qualquer processo de nova licitação em andamento. Respeitamos todos os atores, respondeu, quando provocado sobre os conflitos existentes entre portuários sindicalizados e aqueles que são contratados sem serem sindicalizados.
Quando o DIARINHO perguntou sobre como o governo pretende minimizar os impactos com a implantação da operação Panos Quentes 3 da receita Federal, que vai provocar problemas com boa parte da liberação de cargas vindas da Ásia, o ministro fez cara de espanto e soltou em seguida: Essa situação é de responsabilidade do porto, mas vamos acompanhar de perto e se tiver algo que possamos fazer em Brasília, vamos fazer.
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Depois, o abobrão confessou que tava por fora do assunto e precisou ser socorrido por Antônio Ayres dos Santos, superintendente do porto público de Itajaí, que explicou a situação ao ministro. Ayres admitiu que o tema preocupa e já está sendo debatido em Itajaí pra evitar que cargas fiquem paradas por até três meses por conta das operações da receita Federal.
Participou do Conccap
Leônidas Cristino veio a Santa Catarina participar do 2º Congresso Nacional de Conselheiros de CAPS (CONCCAP), que rolou entre quinta-feira e ontem em Itajaí. Pela manhã, antes de fazer uma firula com a imprensa, visitou os cais dos terminais do APM Terminals (antigo Teconvi) e do porto público e deu um pulo em Navega pra dar uma conferida nas obras de reestrutura do molhe norte.
À tarde, depois de almoçar com representantes de conselhos de autoridades portuárias (CAPs) de todo o Brasil, simandou pra Floripa e de lá voou pro Ceará, pra visitar portos daquele estado.