Um projeto de lei tá dando o que falar no meio educacional de Itajaí. A proposta obriga todas as unidades da rede pública da city, municipal e estadual, a divulgar as notas do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), mas tá gerando divergências entre professores e a autora do projeto, a vereadora Maria Heidemann (PP). Pros mestres, a medida é discriminatória e irá afetar a autoestima dos alunos. Já a edil argumenta que os resultados do Ideb são públicos e que os pais têm direito à informação. A expectativa é que os vereadores peixeiros votem a proposta de lei na sessão de hoje.
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Maria Heidemann afirma que o projeto não tem nada de discriminatório e vai servir pra melhorar o ensino nos colégios da city. Segundo ela, isso é garantido pela Constituição e visa informar à ...
Maria Heidemann afirma que o projeto não tem nada de discriminatório e vai servir pra melhorar o ensino nos colégios da city. Segundo ela, isso é garantido pela Constituição e visa informar à comunidade sobre o trabalho desenvolvido nas instituições. Discriminar é o que estamos fazendo historicamente com a educação, ao deixá-la sem cumprir o seu papel, que é a garantia do aprendizado por parte do aluno, comenta, lembrando que as universidades trabalham seus resultados de uma forma escancarada. Se a universidade pode, por que as escolas não devem fazer o mesmo?, questiona.
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A vereadora diz que as escolas peixeiras estão em uma situação obscura, na qual, de acordo com ela, os resultados e metas não são debatidos e, por vezes, acabam esquecidos. Eu não quero fazer competição entre as escolas, mas sim tentar com que elas aprimorem o seu trabalho, revela.
Não concorda
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Por outro lado, o professor Nahor Lopes, do sindicato dos professores de Itajaí (Sinpro), defende que classificar o colégio como bom ou ruim afeta a autoestima da comunidade escolar e pode deixar o aluno em situação de constrangimento. Além disso, Nahor acredita que o Ideb deve servir como um diagnóstico de problemas agudos em escolas e não como medalha de mérito pras unidades de ensino. A escola não pode ser vista como um bem de consumo. Nesse projeto, a escola que tiver o melhor índice será a melhor e as outras as piores? Isso não é correto, rebate.