Desde o impeachment do prefeito Samir Mattar (PMDB), a prefeitura de Barra Velha tem passado por uma série de mudanças. Ontem, a administração municipal decidiu dar um pé na bunda da empresa Enops e chamar divolta a Casan pra comandar o abastecimento e tratamento de água no município. O afastamento teria rolado por má utilização dos serviços.

O projeto de lei que autoriza o convênio com a Casan foi aprovado na última sessão da câmara de vereadores e caneteado pelo prefeito Claudemir Matias (PSB). O mandachuva explica que a Enops já deixava a desejar na city, oferecendo uma água sujismunda. Ele lembra que no Ministério Público rolou até uma investigação sobre o assunto.

O contrato com a Enops termina dia 13 do mês que vem e a prefa decidiu não renovar o convênio. Os abobrões querem agora chamar a Casan pra reassumir os trampos em caráter emergencial até o fim do mandato de Claudemir, em dezembro de 2012. “Ela já conhece o sistema de abastecimento. Chamar uma empresa nova pode dar um caos pro município, ainda mais nesse momento próximo à temporada de verão”, justifica o prefeito.

A Enops assumiu os trabalhos da água há dois anos, com contrato emergencial de seis meses, depois que os serviços da Casan deixaram a desejar por lá. Desde então, o contrato vinha sendo renovado a cada meio ano.

A prefeitura quer, até ano que vem, discutir a melhor forma de oferecer o líquido precioso pro município a partir de 2012. Os abobrões pensam em várias possibilidades, como abrir licitação, montar uma autarquia do próprio município ou até renovar contrato com a Casan.

Contra a Casan

Na câmara de vereadores, na votação do projeto de lei que autorizou o convênio com a Casan, os únicos edis contra a volta da estatal foram Narcizo Manoel Vieira Junior (DEM) e Nivaldo José Ramos (DEM). Nivaldo explica que a Enops fez um mau serviço, mas não tinha por que voltar pra empresa que também não tem um histórico bom no município. O vereador queria que o convênio fosse firmado por apenas alguns meses e a prefa montasse uma empresa própria de abastecimento de água. “A Casan já ficou quatro anos e não fez nada pra mudar”, lascou.