Se o comércio de veículos no país servisse como um termômetro, daria pra dizer que os brasileiros tão cagando e andando pra crise econômica mundial. Além das vendas estarem bombando, uma mudança no comportamento de quem compra possantes também indica que o setor continua lavando a égua. Os consumidores estão comprando veículos de maior potência e mais sofisticados, diz Sergio Reze, presidente da federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
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Pelos dados da Fenabrave, no mês passado diminuiu o número de emplacamentos de carangos com motor até 1.0 e aumentou os da categoria com potência acima, até 2.0. Em agosto, o percentual de possantes ...
Pelos dados da Fenabrave, no mês passado diminuiu o número de emplacamentos de carangos com motor até 1.0 e aumentou os da categoria com potência acima, até 2.0. Em agosto, o percentual de possantes dessa categoria representou 53,01% das vendas. Em julho, que também já tinha chamado atenção, foi de 51,39%. Já a comercialização dos quatro-rodas até 1.0 brochou de 47,49% pra 46% de julho pra agosto.
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Além de veículos mais potentes, o povão também tá ficando enjoado e optando por categorias mais sofisticadas, apontam os estudos da Fenabrave. A participação dos veículos hatch pequenos, sedans compactos, médios e grandes aumentaram. Isto reflete o crescimento da nova classe C, acredita Sérgio Reze.
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Artimanha das montadoras prejudica lojas
Pro chefão da Fenabrave, as vendas dos motores mais fracos só não caíram mais porque as montadoras despejam no mercado carangos 1.0 com até 35% de desconto pra empresas que mantêm frotas daqueles veículos, como é o caso das locadoras. Essas vendas distorcem o mercado, sincabrera Sérgio Reze.
Pro bambambã das concessionárias, a artimanha das montadoras prejudica a venda nas lojas. Isso porque esses veículos de frotas empresariais, que além do descontaço no preço também não têm cobrança do imposto sobre produtos industrializados (IPI) e da contribuição para fins sociais (Cofins), acabam sendo revendidos pro consumidor final depois de alguns meses. (As empresas) acabam revendendo os carros quando querem e não depois de um ano de exercício fiscal, como prevê a lei, o que equivaleria a 12 meses depois da compra, reclama ainda.
A performance
Carangos e caminhonetezinhas Foram os que mais emplacaram em agosto: 307.824 veículos. Um crescimento de 6,9% em relação a julho.
Cabritas 181.363 motocas foram emplacadas em agosto. Se comparar com o mês anterior, o crescimento foi de 13,22%.
Brutus Foram emplacados em agosto 16.442 caminhões em todo o país. Incremento de 5,85% nas vendas.
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Máquinas agrícolas O crescimento foi de 9,46% de agosto pra julho. Mês passado, foram comercializadas 5.310 unidades.
Carretinhas Essa categoria surpreendeu. Foram negociadas 53.014 unidades em agosto, que representa 27,74% de crescimento na venda de carretinhas.