Ganância e traição. Estes são os elementos que envolvem o assassinato do motorista de van e muambeiro Marcos Roeder, 38 anos, do Balneário Piçarras, fuzilado à queima-roupa pelas costas no início da semana passada, em Penha. Otoniel Paulo Lima, o Toni, 32 anos, preso ao entardecer de sexta-feira, é apontado como autor da barbaridade. A teoria da polícia é de que Toni teria matado o próprio amigo pra roubá-lo.
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No apê do acusado, além de uma pistola 765 que pertencia a Marcos, foi encontrado um saco com as roupas que Toni usava no dia do crime. As peças, inclusive uma jaqueta com estampas de camuflagem ...
No apê do acusado, além de uma pistola 765 que pertencia a Marcos, foi encontrado um saco com as roupas que Toni usava no dia do crime. As peças, inclusive uma jaqueta com estampas de camuflagem, estão manchadas de sangue. No local, os homidalei também recolheram um pequeno arsenal, formado por uma pistola calibre 380, um trabuco 9mm, uma espingarda calibre 28, facas, par de algemas, soco inglês e muita munição.
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Gravado em vídeo
O corpo de Marcos Roeder, 38 anos, foi encontrado pela polícia na estrada geral da localidade Quati, interior da Capital do Marisco, no comecinho da tarde de quarta-feira. Marcos levou três balaços dum trabuco 9mm. Todos disparados por trás. Um na cabeça e dois nas costas. Ele estava dentro de um Celta branco, com o motor ligado.
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Foi graças ao carro, conta o agente Allan Coelho, responsável pela depê da Penha, que a polícia chegou até Toni. O carango foi emprestado por uma amiga. Marcos e Toni queriam levar aparelhos eletrônicos pra um cliente na Penha e, como havia uma blitz na divisa das duas cidades, não quiseram ir carregando a muamba de motoca. Por isso, pegaram o carango emprestado.
A moça contou aos tiras que pegou Toni e Marcos num hotel do centro do Balneário Piçarras. Depois que a deixaram na casa de uma outra pessoa, os dois seguiram pra Penha e Toni, afirmou a testemunha, continuou no banco de trás do carro.
No depoimento que deu na sexta-feira à polícia, Toni negou o assassinato e, sem saber que as câmeras de segurança do hotel haviam gravado sua entrada no Celta, garantiu que seguiu com Marcos, sentado no banco da frente do carango. Também disse que não teria ido a Penha com o amigo e ficou no meio do caminho.
Quando a polícia disse que o suspeito tinha uma jaqueta camuflada, Toni teria ainda falado que não possuia aquela peça de roupa.
Como Toni mentiu no depoimento, os tiras resolveram ir até seu apê. Foi lá que tiveram certeza de que ele matou o próprio amigo à queima-roupa e pelas costas. As roupas, incluindo a jaqueta que usava no dia do crime, estavam embaladas num saco de lixo e sujas de sangue.
Marcos morava em Itajuba, era casado e tinha três filhos. Dono de uma van, costumava levar sacoleiros para o Paraguai. Os dois se conheciam há quatro anos. Toni sempre comprava de Marcos aparelhos celulares, videogame, CDs para revender, informa o agente Allan Coelho.
Os aparelhos eletrônicos e a grana que Marcos tinha no dia do seu assassinato sumiram. Somente a pistola que costumava usar na cinta foi encontrada com Toni.
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