Um homem foi preso ontem à tarde, em Camboriú, acusado de manter a mulher presa em casa como se fosse uma escrava. O maníaco não deixava a companheira sair de casa, espancava a coitada, a ameaçava de morte e chegou a mantê-la algemada à própria cama. A violência rolava por conta de ciúmes.
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M.S., 31 anos, contou à polícia que seu parceiro C.J.T, 22, pirou na batatinha há cerca de um mês. O cara, que tava desempregado, não a deixa sair de casa e passava o dia todo fazendo ameaças de ...
M.S., 31 anos, contou à polícia que seu parceiro C.J.T, 22, pirou na batatinha há cerca de um mês. O cara, que tava desempregado, não a deixa sair de casa e passava o dia todo fazendo ameaças de morte tanto a ela quanto ao filho da mulher. Nem mais trabalhar M. podia, pois toda vez que tentava sair levava socos e pontapés.
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No sábado, C. pegou um par de algemas e deixou a pobre presa na cama por seis horas. Ela ficou sem comer ou beber e teve que gritar por socorro depois que o doidão saiu de casa.
Ontem, a mulher conseguiu simandar da moradia e foi pedir ajuda no fórum de Camboriú. Lá, conseguiu uma ordem judicial pra manter o marido longe. Mas a decisão da dona justa pra M. se livrar do sujeito não foi obedecida. O traste a caçou pelo bairro Areias, a encontrou andando na rua e só sossegou depois que obrigou a coitada a embarcar na sua moto. Sob ameaças de morte, o cara levou a muié divolta pra casa e trancou a porta.
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Como a moça começou a gritar por ajuda, vizinhos chamaram a polícia. M. foi resgatada e C., preso. Na casa, foram encontradas as algemas, balas de revólver e uma faca que o machão usava pra ameaçar a mulher.
Ontem à noite, a delegada Gisele Cristiane da Costa Lima iria ouvir o que C. tinha a dizer sobre as acusações e economizou palavras pra se manifestar sobre o caso. Ela (M.) alega que ele não lhe deixava sair de casa, disse. Vizinhos e familiares da vítima também deverão ser ouvidos. C. vivia com a mulé há apenas três meses. Segundo a dotora Gisele, este é o primeiro caso de cárcere privado em Camboriú registrado no ano. É muito incomum de acontecer, afirmou.