O cinegrafista João Albino Mendonça, 60 anos, o João Marrom, tá desesperado. E procurou o DIARINHO e se disse arrependido de, sem querer, ter difamado o irmão, o montador de móveis Antônio José Mendonça, o Toninho, 50 anos, que morreu afogado em 10 de setembro, durante a enchente. João diz que exagerou na dose ao mencionar ao DIARINHO a morte de Toninho como motivo de alívio para a família. Justificou que a declaração foi dada em um momento difícil e de muita dor. Falei demais. Toninho e eu éramos mais que irmãos, éramos amigos-irmãos, afirmou.
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As declarações de João Marrom geraram um clima de rancor e insatisfação entre os familiares durante a missa de sétimo dia de Toninho, no sábado. A família veio em cima de mim, foi um horror. Eu ...
As declarações de João Marrom geraram um clima de rancor e insatisfação entre os familiares durante a missa de sétimo dia de Toninho, no sábado. A família veio em cima de mim, foi um horror. Eu não nego o que disse, mas gostaria que eles entendessem que usei as palavras erradas, acrescentou o cinegrafista.
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João Marrom reafirmou que o irmão tava bêbado quando morreu afogado. A versão, garante, foi confirmada pela perícia do instituto Médico Legal (IML), que constatou a presença de álcool no corpo do de Antônio. Santo ele não era. Ele bebia, mas era uma pessoa boa, querida de todos. Éramos muito próximos, concluiu.
Carolina Maria Mendonça, 25 anos, filha de João Marrom e sobrinha de Toninho, confirmou que as declarações do pai pegaram mal pra família. Eles eram muito agarrados. Meu pai estava num momento em que não sabia o que falar direito. Ninguém sabia muito bem o que tinha acontecido, justificou a filha de João Marrom.
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Como foi o acidente
Antônio José Mendonça, o Toninho, andava em uma bike por entre as ruas Padre Pedro Paulo Condla e Luís Lopes Gonzaga, no bairro São Vicente, tomadas pela água da enchente. Ele caiu e, mesmo com apenas um metro de água, não conseguiu se levantar e morreu afogado.
João Marrom diz que Toninho teria bebido demais e, inclusive, saído com uma garrafa da cachaça na mão. Descontrolado, segundo populares, o homem andava de um lado pra outro da rua antes de cair. O corpo do coitado foi encontrado boiando na rua por um morador.
Toninho não tinha o apelido de Tiririca, como informaram à imprensa. Também não era pintor, faz questão de dizer a sobrinha Carolina.