O presidente da Fatma, Murilo Flores, afirmou ontem que será feita uma auditoria para investigar as irregularidades nas licenças ambientais emitidas pelo órgão. Serão seis fiscais, que se deslocarão de Florianópolis, Blumenau e Joinville, para investigar o trabalho do órgão peixeiro. Requisitamos técnicos de outras regionais para fazer uma ampla investigação do que a PF nos pediu, informou Murilo. Os técnicos terão o árduo trabalho de tentar localizar as 76 licenças ambientais que sumiram da Fatma peixeira. Eles terão carta branca do presidente para ter acesso a qualquer documento, garante Murilo. O presidente espera encontrar respostas de onde estão e por que sumiram esses licenciamentos, além de apurar outros questionamentos do inquérito da PF.
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Segundo o presidente, um boletim de ocorrência foi registrado na polícia Civil informando que 76 processos de licenciamentos ambientais sumiram da Fatma Itajaí. Ele informa que houve alguns que ...
Segundo o presidente, um boletim de ocorrência foi registrado na polícia Civil informando que 76 processos de licenciamentos ambientais sumiram da Fatma Itajaí. Ele informa que houve alguns que apareceram, mas não soube precisar a quantidade. Alguns encontramos dentro da própria Fatma, mas uma grande parte não foi encontrada. A grande maioria ainda está sumida, comenta.
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O presidente comenta que, por enquanto, os servidores Márcio Alburquerque Luna e Carlos Alberto Peçanha continuam trabalhando normalmente, embora já tenham prestado depoimento à PF. Márcio atua em Itajaí e Peçanha atualmente está na sede da Fatma em Floripa. Nós não temos elementos da polícia para abrir um processo administrativo contra eles, comenta o presidente.
Sobre o ex-gerente Gabriel, Murilo garante que foi ele quem pediu a cabeça do cara ao secretário Paulo Bornhausen. Os motivos seriam falta de afinidade com a equipe da regional peixeira. Tinha muitos conflitos internos. Um clima de divergência muito grande, técnicos que não gostavam da conduta dele como gerente e a gente percebia que aquilo não estava bem. A regional precisava mudar, afirma. O presidente afirma que, na época, sua decisão não foi feita com base em elementos de má conduta de Gabriel à frente do órgão.
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Sobre a ligação política da Codam Itajaí ao PSDB, Murilo Flores confirma. O atual gerente é ligado ao PSDB. O Gabriel era ligado ao PSDB também, informa. O presidente da Fatma diz que não tem nenhum poder de decisão na nomeação dos gerentes regionais. Eu não assino a nomeação dos gerentes das coordenadorias. Isso é uma discussão de caráter político, evidentemente, mas procura-se estabelecer um perfil, mas não há regra sobre isso, comenta. No governo Raimundo Colombo, graças ao apoio do secretário Paulinho Bornhausen, a gente tem procurado estabelecer requisitos mínimos de capacidade de gestão, acredita. Confira a entrevista completa com o presidente da Fatma na edição de amanhã do DIARINHO.