Uma tragédia aperreia a família Lima, moradora de Camboriú. O autônomo Juarez de Oliveira Lima, 54 anos, sofreu um acidente de moto há quase um mês e até agora não teve a assistência médica que precisa. A mão do homi tá quebrada e bastante ferida. Mas isso não é o suficiente pra sensibilizar as otoridades da saúde pública. Cinco dias depois da queda, Juarez afirma que recebeu alta mesmo sem estar curado. O hospital Santa Inês teria dito pra ele aguardar o agendamento duma cirurgia, sem data prevista. Fiquei abandonado, sem medicamento, sem nada. Se eu tivesse dinheiro, eu pagava a cirurgia, mas a gente é pobre, né?, lasca.
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O acidente foi até noticiado pelo DIARINHO e rolou no dia 4 de setembro, na avenida Santa Catarina, centro de Cambu. Assim que foi derrubado de sua motoca, seu Juarez foi levado pelos bombeiros ...
O acidente foi até noticiado pelo DIARINHO e rolou no dia 4 de setembro, na avenida Santa Catarina, centro de Cambu. Assim que foi derrubado de sua motoca, seu Juarez foi levado pelos bombeiros pro Santa Inês. Lá, não teve escolha: amputou a perna esquerda, mas correu tudo bem com a cirurgia.
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O motociclista só lamenta que a mão esquerda não recebeu atenção dos médicos. O autônomo conta que deu entrada no Santa Inês no domingo, e sexta-feira já tava liberado, mesmo não estando 100%. É muito rápido pra quem amputou uma perna, né?, cutuca a filha, a atendente Sandra Aparecida Lima, 30.
Desde que teve alta, seu Juarez tá sendo tratado com indiferença, sendo jogado de um lado pro outro. A família foi orientada a levar documentos na secretaria de Saúde de Camboriú, city onde moram. Só depois é que vão saber se seu Juarez vai fazer a cirurgia no Santa Inês. Há a possibilidade de ele ser encaminhado ao hospital Marieta Konder Bornhausen, de Itajaí.
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Por que o médico não o transferiu direto pro hospital Marieta então?, questiona Sandra.
Eu sofro dia e noite. Dói muito. Se eles fizessem a cirurgia, já parava de doer, acredita o autônomo. A única alternativa que a família tem é esperar um retorno da secretaria de Saúde. Enquanto isso, o homi mal consegue sair da cama. Ele precisa de ambulância pra levá-lo em tudo quanto é lugar e o serviço também é precário. Quando mais demorar, pior, reclama o coitado.
A muié de Juarez, Sueli Terezinha Lima, também tá indignada. Quem garante que em dois, três meses a mão não vai apodrecer?.
Nada ainda
Silvana Weber, diretora administrativa do Santa Inês, disse que precisa se inteirar sobre o caso de Juarez antes de falar qualquer coisa. Ela disse que, dependendo do trauma, o homi pode ser transferido pra outro hospital. Silvana vai dar uma resposta hoje ao DIARINHO. Sobre os pontos, quem fica responsável é o ambulatório em Camboriú. A reportagem tentou contato com a fundação Hospitalar de Cambu, mas ninguém respondeu aos telefones no final da tarde.
Já na secretaria de Saúde da Capital da Pedra, o assessor Mauricio José disse que também ia ver o caso direitinho pra depois se manifestar.
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