A dona justa aceitou a ação do Ministério Público e decidiu pela interdição de um dos principais cartões postais de Itajaí, o mercado público, até que os problemas do prédio sejam sanados. A caneteada foi dada pelo juiz Carlos Roberto da Silva, da Vara da Fazenda Pública, mas só deve ser cumprida quando os oficiais de justiça da comarca itajaiense forem avisados da decisão. Enquanto isso, os trabalhadores do local estão apreensivos, sem saber o que fazer se o mercado for realmente interditado. Faltando pouco pro início da 25ª Marejada, as otoridades responsáveis pela administração do prédio afirmam que irão arrumar um lugar pros comerciantes, assim que o local for lacrado.

De acordo com a decisão, após o cumprimento do mandado pelos oficiais de justiça, os responsáveis pela administração do prédio – a direção da fundação Genésio Miranda Lins (FGML) – terão que fechar ...

De acordo com a decisão, após o cumprimento do mandado pelos oficiais de justiça, os responsáveis pela administração do prédio – a direção da fundação Genésio Miranda Lins (FGML) – terão que fechar imediatamente o mercado velho, ou pagarão multa diária de R$ 5 mil. Eles terão ainda 30 dias pra apresentar um projeto de reforma do lugar aos bombeiros, que vão analisar e aprovar ou não a papelada. Após esse procedimento, a Justiça determina um prazo de seis meses pra obra ser realizada. A caneteada ainda prevê multa de R$ 10 mil por dia, caso os responsáveis pelo mercado reabram o prédio antes do projeto estar completamente concluído.

Projeto em andamento

O superintendente da FGML, que gerencia o mercado velho, Darlan Pereira Cordeiro, informou que a fundação ainda não foi notificada oficialmente sobre a decisão, mas justificou que a prefa já está fazendo um projeto pra restaurar o edifício. “O prédio é tombado, então o processo de licitação e reforma é mais caro e mais lento. Esperamos que o Ministério Público entenda isso e nos dê mais tempo. Nós estamos trabalhando para mudar isso. Mesmo assim, vamos começar a pensar em um lugar para os comerciantes poderem continuar trabalhando”, avisa o bagrão, dizendo ainda que a prefa deve tomar as decisões jurídicas cabíveis apenas após a notificação da decisão.