A prefa peixeira afirma que, até fevereiro do ano que vem, terminam as desapropriações das 155 casas que emperram as obras da via expressa portuária. Depois do plá, em agosto, com o departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e o Exército, que tá tocando a obra, a comissão de desapropriação da prefa liberou 17 baiucas pros milicos continuarem com o quebra-quebra. “Isso garante cinco meses de trabalho para eles. Neste tempo, esperamos concluir a negociações com os outros proprietários”, explica o engenheiro Amarildo Madeira, coordenador da comissão peixeira.

O prazo pra conclusão da obra, segundo o tenente do Exército Leandro Levinsk, responsável pelo trampo, depende mais da prefa do que deles. Levinsk explica que teve problemas com as chuvas do mês passado, que molharam a camada de aterro, mas garante que o perrengue já foi superado e agora eles vão trabalhar conforme a liberação das propriedades. “Eles [a prefa] prometem liberar mais casas até o dia 30 deste mês, mas as obras não avançam com promessas. Estamos trabalhando no trecho liberado, mas não posso passar um prazo para o final da obra, se eu não sei quando eles vão liberar o resto”, pondera.

Tem morador reclamando que o valor pago nas indenizações não banca outra moradia com o mesmo padrão. “O pessoal que já saiu agora tá pagando aluguel. Ninguém veio falar comigo ainda, mas eu não vou sair daqui pra pagar aluguel, nem pra ir morar onde tem enchente e perder tudo que eu tenho”, afirma Manoel Armando Pinheiro, 61 anos, que vive na rua José Ramos. “Nem me lembro desde quando moro aqui. Já enterrei minha mãe e meu pai, agora só eu continuo aqui e não pretendo sair”, garante.