Paulo Correia Lira, presidente da APP, afirma que desde o ano passado, quando o cenário violento se instalou na escola, as solicitações por um vigia patrimonial têm sido feitas. Todas, garante, foram ignoradas pela gerência.
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Como mora em frente à escola, Paulo tá sempre de olho no prédio, onde, inclusive, o filho estuda no 1º ano do ensino médio. Ele conta que, nos findes, a escola fica completamente abandonada. Pra dar fim às ações dos bandidos, o presidente conta que desde o ano passado boletins de ocorrências e pedidos por escrito são encaminhados à gerência Regional de Educação.
Ele afirma que dois desses pedidos foram entregues na mão da Clenira, antes do vandalismo de domingo.
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Primeiro o ofício nº041/2011, em 29 de agosto, e outro, o ofício nº 45/2011, em 19 de setembro. Ambos protocolados e assinados. Em nome da direção, da comunidade escolar e dos demais funcionários solicitamos mais uma vez um vigia patrimonial, mais precisamente no período noturno e nos finais de semana, lê-se no último documento.
Nananinanão
Clenira Pivatto diz que ambos ofícios são respostas às solicitações feitas por ela à escola, via telefone. Mas não importa quem pediu o quê. O importante é que já foi encaminhado pra Florianópolis e eu estou ligando todos os dias atrás de uma resposta, mas essas coisas a gente sabe que demora, justifica. Clenira ainda garante que vai fazer de tudo até conseguir o guardinha pra escola.
Apesar desse empenho, o secretário de Segurança Pública da city peixeira, Carlos Ely, acredita que o problema da escola Ary Mascarenhas não está na falta de segurança, que ele considera dentro do padrão, mas sim numa questão de pais negligentes com os filhos. A afirmação do abobrão baseia-se na suspeita de que os delinquentes sejam os próprios alunos da escola.
Os atentados contra a escola Ary Mascarenhas
Dia 9, um bando de vagabundos invadiu a escola na calada da noite. Além das câmeras destruídas e roubadas, as poltronas da sala de vídeo foram pichadas.
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Alguns materiais didáticos não puderam ser recuperados. Ninguém foi pego nessa ação, assim como nas ocorrências passadas.
Em junho de 2010, a escola foi encontrada em chamas. Malacos tacaram fogo na biblioteca, sala de aula e destruíram portas e janelas. Em fevereiro do mesmo ano, a diretora da época teve a motoca incinerada dentro do pátio da escola.
Pra vereador, municipalização das escolas estaduais seria melhor para Itajaí
Faz seis anos que o presidente da câmara de Vereadores de Itajaí, Luiz Carlos Pissetti (DEM), vem propondo que todas as escolas estaduais da city peixeira sejam municipalizadas. Apesar da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinar que o município deva priorizar a educação infantil e fundamental e o estado se responsabilizar pelo médio, Pissetti garante que a lei não proíbe que o governo municipal administre o ensino médio.
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A ideia do parlamentar é que os recursos investidos pelo Estado na educação sejam repassados pra Itajaí, que se encarregaria de gerenciar o ensino com mais rigor e qualidade. Os funcionários não seriam prejudicados e a educação das crianças seria valorizada, defende Pissetti, que chora as pitangas ao afirmar que luta sozinho pela municipalização do ensino.
O prefeito Jandir Bellini (PP), contudo, afirma que não tinha conhecimento da proposta do presidente da câmara. Mas desde que os recursos do Estado sejam entregues à administração municipal, ele se diz favorável à municipalização. Nada melhor do que o município administrar as coisas. Um exemplo é o nosso porto, que só começou a se desenvolver depois da municipalização, pavoneia-se o prefeito.
O sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) lançou no ano passado uma campanha contra a municipalização até mesmo da educação fundamental. De acordo com o secretário de Assuntos Educacionais da executiva estadual, Carlos Alberto Lopes Figueiredo, as cidades mal dão conta de atender a demanda nas creches com a educação infantil, que dirá se abraçarem a fundamental em nível de estado. As prefeituras só querem a municipalização por causa dos recursos que são repassados. O resto é conversa fiada, lasca o secretário.
Carlos ainda afirma que os pais tão se lixando se quem cuida da educação é fulano ou sicrano. O importante é ter educação de qualidade.
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