Itajaí

DIARINHO acompanha grupo de aventureiros

Atividade, que tá cada vez mais popular, exige boa dose de coragem e muita responsa dos praticantes

A corretora de imóveis Patrícia Rey, 31 anos, deu passos curtos até a ponta da rocha mais alta do mirante Eco 360º, na morraria do Macaco, próximo à praia da Tainha, em Bombinhas. À sua frente, talvez a mais bela imagem que se pode ter da baía de Zimbros. Tudo muito lindo, até que ela olhou pra baixo e viu parte dos cerca de 30 metros de paredão que iria descer pendurada apenas por uma corda. Era o primeiro rapel que faria na vida.

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Medo? Patrícia não nega que ele apareceu. O frio na barriga pintou quando chegou ao local do rapel. Mas logo, garante, ele se dissipou. “Quando vi que tinha toda a segurança, que podia descer e ...

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Medo? Patrícia não nega que ele apareceu. O frio na barriga pintou quando chegou ao local do rapel. Mas logo, garante, ele se dissipou. “Quando vi que tinha toda a segurança, que podia descer e que não haveria problema nenhum, aí o medo desapareceu”, diz a corretora, que é de Floripa e foi pra aventura convidada pelo namorado, o publicitário itajaiense Alex Dickel, 35.

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Alex e Patrícia tinham como companheiro de aventura o webdesigner Vinícius da Silveira, 30, também de Itajaí. Esse foi o pequeno grupo de rapeleiros que o DIARINHO acompanhou, em 1º de outubro, pra sentir as emoções da prática de uma atividade radical que se torna cada vez popular. E bota emoção nisso.

Pura adrenalina

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Perguntar pros rapeleiros o que mais lhes agrada no rapel é pedir pra ouvir praticamente o mesmo discurso. “A adrenalina que ele proporciona, o contato com a natureza e tudo que é técnico me agrada muito”, diz Vinícius, que faz rapel desde os 12 anos, quando era escoteiro do grupo Padre Pedro Baron. Alex, que começou a praticar em 96, reforça: “Me agrada o contato direto com a natureza, as amizades que se faz e, obviamente, a adrenalina que o esporte causa.”

A tal da adrenalina é um hormônio produzido pelo corpo toda vez que a pessoa se sente em risco. O coração bate mais forte, as pupilas dilatam e as reações ficam mais rápidas. Uma defesa natural que acaba dando prazer. E é este prazer que os rapeleiros buscam quando ficam cara-a-cara com o perigo.

Domínio de técnica e muita responsabilidade

Sabe aquela imagem de um grupo de malucos berrando o famoso “uhuuu!” e fazendo com as mãos o sinal da grife Hang Loose, com o polegar e o dedo mindinho esticados, antes de cair na aventura radical? Pois tire ela da cabeça. O trio de rapeleiros que o DIARINHO acompanhou chegou tranquilo ao mirante Eco 360º. Valeu a boa prosa com os membros da ONG que tocam o projeto responsável pelo mirante e também os momentos dedicados à contemplação do visual. Algo quase hipnotizante, diga-se de passagem.

Não basta coragem pra encarar um rapel. É preciso responsabilidade e domínio de um conjunto de procedimentos que vão garantir que a brincadeira não se transforme em tragédia. “Em se tratando de uma atividade em altura, todos os detalhes são de grande importância no que se refere à segurança”, observa Vinícius.

O webdesigner sabe bem o preço de não cuidar da segurança. “Um dia fazíamos um rapel na praia Brava e um dos participantes deixou a trava de segurança da cadeirinha aberta. No meio da via a cadeirinha literalmente abriu e deixou todos apavorados”, lembra. Pra sorte de quem descia e passou pelo sufoco, havia no grupo gente experiente em resgate em altura e um acidente que poderia ter consequências fatais foi evitado.

A falha, explica Vinícius, que também é escalador, surfista, skatista e cicloturista, foi uma segunda pessoa não ter checado o equipamento montado no rapeleiro.

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Cuidado esse que sobrou no rapel que o DIARINHO acompanhou. Que o diga Patrícia. “Houve companheirismo de todo mundo, a dedicação, o cuidado, por ser a primeira vez que eu tava descendo”, comenta.

Mas confiança mesmo, revela a corretora de imóveis, só sentiu no momento em que testou o equipamento. “A hora que senti que podia descer, que tava confortável na cadeirinha, aí me tranquilizei de vez”, afirma.

Equipamento adequado é fundamental

Alex não tem dúvidas de que confiar no equipamento usado é fundamental pro rapel virar só alegria. “Entendo que quando o praticante está bem equipado, com capacete, equipamento revisado, entre outros, o risco é mínimo”, discursa o rapeleiro, que paralelo ao rapel pratica o SK8 long board, uma categoria de skate própria para descer ladeiras em altas velocidades.

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Sobram lugares bonitos pra rapelar na Santa & Bela

Eco 360º

Fica na morraria do Macaco, em Bombinhas. É uma área particular que funciona como uma espécie de reserva ambiental. Uma ONG toca o projeto de ecoturismo. De lá, é possível apreciar a baía de Zimbros, as praias de Mariscal e Quatro Ilhas e o belo marzão da reserva Marinha do Arvoredo e suas quatro ilhas.

Cachoeira do Braço Esquerdo

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Fica em São Bento do Sul, mas pra quem sai da nossa região fica mais perto ir por Corupá. A cachoeira tem cerca de 80 metros e a descida é de 60 metros. É um rapel positivo, ou seja, a descida é com o pé na rocha. E dá-lhe banho de água geladérrima. Por isso, só dá pra fazer no verão.

Ponte da Barra Velha

É uma ponte pênsil construída sobre a lagoa da Barra Velha, perto da foz do rio Itapocu. O visual é lindíssimo. Só a ponte já vale a visita. O rapel tem uns 15 metros de altura e pode ser feito numa das três torres de sustentação. O perrengue é que as ferragens foram untadas com piche e não tem como não sair engraxado de lá.

Paredes do Morcego

É o canto Norte da Praia Brava. O paredão que tem ali é cheio de vias de escalada. Quem vem por Cabeçudas, antes de chegar na praia, pode subir uma trilha cabreirinha no morro, montar a ancoragem e fazer o rapel. O problema é que alguns pinos e chapeletas já estão enferrujados.

Cachoeira do Paulista

Fica em Doutor Pedrinho. Essa é pra quem tem coragem, já que o ponto de chegada é entre pedras mais lisas que sabão. A descida é ao lado do volume de água e é negativa, ou seja, sem contato do rapeleiro com a pedra. A grande vantagem é que dá pra chegar de carro bem pertinho da ancoragem.




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