Itajaí

Show dos crentes não tinha licenças

Delegado e comandante dos Bombeiros Voluntários informaram ao DIARINHO que não deram alvará pro espetáculo

A polícia Civil e o comando do corpo de Bombeiros Voluntários revelaram que não emitiram licenças de permissão pro show do 3º Congresso Nacional Evangélico de Penha (Conepe), que rolou no dia 15, sábado retrasado. Foi ao bater sua bizinha no palco do mega-evento dos crentes, montado no meio da avenida Itapocorói, em Armação, que o entregador de pizza Fernando Vilmar Dias, 26 anos, morreu na madruga do dia 16.

Reginaldo Waltrick, secretário de Planejamento do município, e o procurador Wagner Figueiredo não souberam dizer se o evento tinha alvará da prefa. “Foi aberto um inquérito administrativo pra apurar ...

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Reginaldo Waltrick, secretário de Planejamento do município, e o procurador Wagner Figueiredo não souberam dizer se o evento tinha alvará da prefa. “Foi aberto um inquérito administrativo pra apurar isso”, afirmou Wagner. O pastor Juarez, da assembleia de Deus e organizador do Conepe, tirou da reta e limitou-se a dizer que somente cuidou da parte espiritual do congresso.

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Alvarás são obrigatórios

A morte de Francisco tá sendo investigada pelo delegado Procópio Batista Ferreira Neto. O tira espera o laudo pericial do acidente pra começar a ouvir os organizadores do Conepe, o pessoal da prefeitura e possíveis testemunhas da tragédia. Com o laudo, explicou o dotô, será possível obter informações importantes pra apontar quem foi o responsável pela tragédia, bem como a velocidade da motoca de Francisco no momento da batida e a presença ou não de sinalização adequada no local.

Mas o que o dotô Procópio já tem de certeza é a falta de alvará da polícia Civil. “É possível adiantar que houve uma irregularidade, pois a licença da polícia Civil é obrigatória num evento como aquele”, afirmou.

Não tinha licença dos vermelhinhos nem do CREA

A batata deve assar ainda mais pros organizadores do Conepe. Jhonny Coelho, comandante dos vermelhinhos da Capital do Marisco, informou não ter liberado o alvará de funcionamento pro espetáculo, que teve como atração principal a cantora gospel Jamily e sua banda. “Para o show era necessária a emissão do alvará do corpo de Bombeiros de Penha, mas nós não emitimos nada”, disse Jhonny.

O alvará de funcionamento dos vermelhinhos é concedido após uma vistoria completa na parte de segurança do evento. São obrigatórias as disponibilidades de extintores de incêndio, iluminação pública adequada e uma ambulância.

Além disso, a organização deve apresentar um documento chamado anotação de Responsabilidade Profissional (ARP), espécie de planta da área onde será organizado o show e que é emitido pelo conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea). “O que eles nos pediram foi uma ambulância de prevenção para o show a partir das 23h. Atendemos ao pedido. Nada mais nos foi solicitado”, acrescentou o comandante dos vermelhinhos.

Prefeitura tá investigando

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A falta de informações rola até mesmo na prefa da Penha. Nem o secretário de Planejamento, responsável pela emissão dos alvarás, nem o procurador da prefeitura sabiam dizer se o documento oficial dando a licença pro show foi emitido.

É pra investigar a suspeita da falta do alvará e as condições de sinalização do palco que foi aberto um inquérito administrativo, informa o advogado Wagner Figueiredo, chefão da procuradoria.

Reginaldo Waltrick, do Planejamento, disse que os dirigentes do Conepe pediram ao departamento de Trânsito (Detrapan) da prefa o desvio do trânsito da avenida Itapocorói pra montar o palco no meio da estrada. “Tinham cones por toda a área desviando o trânsito. A secretaria de Planejamento atendeu ao pedido. Sinalizou o local e fez o desvio”, garantiu o abobrão.

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O pastor Juarez, da assembleia de Deus e chefão do Conepe, não quis muito papo com o DIARINHO. Nervoso, disse apenas que cuidou da parte espiritual. Perguntado sobre quem foi o responsável pela estrutura do evento, limitou-se a dizer que sabia, mas que não falaria nada ao telefone e que somente teria tempo pra atender a reportagem na sexta-feira. Depois de muita insistência, soltou: “Liga pra mim amanhã”.

Por telefone, Fabrício Dias, irmão de Francisco, disse ontem à tarde que a família não quer se manifestar sobre o assunto.

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