A matança de cães e gatos infectados pela doença de nome difícil, a leishmaniose, pode estar com os dias contados. O deputado federal Geraldo Resende, do Mato Grosso do Sul, é contra a obrigatoriedade do sacrifício dos bichinhos, tanto que criou um projeto de lei que busca prevenir a doença, através da vacinação dos animais em todo o país. O pessoal que cuida dos bichos aqui na região do Itajaí e Balneário Camboriú aprova a iniciativa, mas tem o pé atrás quanto à aplicação da lei, se ela for mesmo aprovada.
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O projeto 1738/2011, que será votado no dia 22 de novembro, traz ações que visam diminuir bastante os casos de leishmaniose, sem que a pessoa precise recorrer ao sacrifício dos animais. A principal ...
O projeto 1738/2011, que será votado no dia 22 de novembro, traz ações que visam diminuir bastante os casos de leishmaniose, sem que a pessoa precise recorrer ao sacrifício dos animais. A principal delas é a realização de campanhas de vacinação gratuitas e obrigatórias em todo o país, além da orientação a proprietários de cães e gatos, pra que eles saibam bem como prevenir a doença.
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Maria Rejane Medaglia, presidente da associação Viva Bicho, da Maravilha do Atlântico, aprova a iniciativa do político, mas teme que esta campanha seja uma furada, como tantas outras. Se essa lei funcionar e as vacinas forem distribuídas corretamente, será ótimo. Desde que se cumpra o que foi prometido, sem dúvida será melhor para os animais. O problema é que a maioria das campanhas do governo não funciona, critica a muié.
O presidente da associação Itajaiense de Proteção aos Animais (Aipra), Roberto Pereira, também é a favor desta campanha de vacinação, mas em caso de infestação acha viável recorrer ao sacrifício dos bichos. Tem que ser estudado caso a caso. O governo deve focar em evitar que os animais peguem a leishmaniose. Mas depois que já foi infectado, tem situação que a única saída é a eutanásia. Se chegar um animal no abrigo público já infectado e não for sacrificado, vai acabar contaminando todos os outros, lembra.
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Pode contaminar pessoas
O veterinário Heitor Remonti Trombini, de Itajaí, explicou que a leishmaniose é altamente contagiosa e que pode infectar, inclusive, seres humanos. O dotô disse que a transmissão da doença rola através da picada de um mosquito, que suga o sangue contaminado e passa a enfermidade ao picar outro animal ou pessoa. Heitor contou que a leishmaniose tem tratamento, mas não cura. Entre os sintomas apresentados pelos cães doentes estão: aparecimento de feridas na pele e na ponta das orelhas, anorexia e falta de apetite.