O povão que trampa e mora na rua Brusque, próximo ao supermercado Angeloni, tá tendo mó dor de cabeça por conta duma obra feita pela construtora Seixas. A técnica em contabilidade Fabiana da Silva, 35 anos, trabalha em frente à construção do Edifício Impéria e afirma que a rede protetora engata nos fios de luz e as quedas de energia são frequentes. Sem contar a chuva de reboco que cai ao redor do prédio. A muié diz que tenta dia e noite falar com o responsável pela obra, mas não consegue.
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Fabiana conta que não pode mais deixar o carro no estacionamento da empresa em que trabalha, nem na rua, pois a lataria fica forrada do cimento que respinga da obra. Segundo ela, faz dois meses ...
Fabiana conta que não pode mais deixar o carro no estacionamento da empresa em que trabalha, nem na rua, pois a lataria fica forrada do cimento que respinga da obra. Segundo ela, faz dois meses que a rede tá rasgada, deixando carros e pedestres vulneráveis a acidentes.
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O dono da construtora, Sérgio Seixas, reconhece o perrengue, mas atribui a culpa aos fortes ventos. Segundo o empresário, o empreendimento respeita todas as normas de segurança, mas tem encontrado dificuldade pra contratar empresas especializadas que façam o reparo na rede protetora. Enquanto isso não acontece, Sérgio garante que os próprios peões têm pregado as pontas da rede pra evitar transtornos.
Eu sinto muito por isso, também fico chateado, mas não temos o que fazer. O vento tem atrapalhado. Mesmo que a gente pregue, as redes acabam soltando de novo, lamenta. Apesar disso, o empresário diz que a fase de reboco tá chegando ao fim e dentro de 30 dias o sufoco do povão deve terminar.
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Sérgio ainda garante que todas as pessoas que tiveram o carro afetado pela sujeira do cimento devem procurar a construtora pra que o carango passe por uma geralzona. A Seixas fica na rua Alfredo Trompowski, 437, na Vila Operária, e atende também no fone (47) 3246-1688, em horário comercial.
Crea vai bizolhar caso
No que diz respeito à regularidade da obra, a construtora Seixas não tem pendências, garante o secretário de Urbanismo da city peixeira, Paulo Praun. Contudo, a empresa já foi autuada quando alguns objetos alçaram voo e foram parar na via pública. Praun prometeu que ontem os fiscais dariam um pulo na rua Brusque pra bizolhar o andamento da obra.
O conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC), por meio da assessoria de imprensa em Florianópolis, limitou-se a dizer que tá passando um pente fino na construtora e vai verificar se ela tem todas as anotações de Responsabilidade Técnica (ART) pra passar um parecer sobre o caso. A reportagem entrou em contato com o chefão da Celesc, Omar Rebello, o Baga, mas ele não soube confirmar se as quedas de energia na rua Brusque estão relacionadas com a rede do empreendimento.