Parte do cimento usado pra rebocar a obra do edifício Lauberge, da construtora Embraed, tá caindo sobre carangos estacionados nas ruas 951, 971, 981 e 1001, centro do Balneário Camboriú. A construção do prédio tá rolando na avenida da Lagoa, uma quadra antes da avenida Atlântica. O lojista Lauro Garzinski, 46 anos, foi quem procurou o DIARINHO pra reclamar da sacanagem. A obra tem tela de proteção, mas Lauro garante que a rede não impede a passagem dos pingos de reboco pra rua. Aquela tela é só pra proteger material, não cimento, acredita, ainda mais depois de ter o carro pintado de reboco. Eu e alguns comerciantes conseguimos cobrar da Embraed o polimento, mas o meu carro fica o dia inteiro na lavação e eu perco meu dia de trabalho, reclama.
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Carlos Alberto Nascimento, 21, trampa numa panificadora da avenida Brasil e também não guenta mais reclamar pros peões da obra do Lauberge. Após ter o carro manchado de cimento, o trabalhador deu ...
Carlos Alberto Nascimento, 21, trampa numa panificadora da avenida Brasil e também não guenta mais reclamar pros peões da obra do Lauberge. Após ter o carro manchado de cimento, o trabalhador deu um pulo na obra e falou com um tal de Romeu, que se identificou como mestre de obras. Ele botou a culpa em outro prédio. Só que é longe. Não tem como acontecer. Cinco minutos depois jogaram água lá de cima, molhou a Brasil toda e cagou ainda mais os carros, lembra, revoltado.
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O que diz o outro lado
Por meio de nota encaminhada via assessoria de imprensa, João Ariel Bosio, identificado como gerente de engenharia da Embraed, disse que a empresa utiliza equipamentos, produtos e serviços além das normas exigidas por lei para garantir a segurança tanto aos colaboradores quanto aos transeuntes.
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O bagrão da Embraed salienta ainda que existe no local outras duas obras de outras empresas e que o volume de produção de três empreendimentos ao mesmo tempo pode resultar em alguns inconvenientes. Por fim, Bosio informou que a Embraed tá disposta a solucionar dúvidas ou atender a população no próprio local.
Prefa vai bizolhar
O secretário de Planejamento da Maravilha do Atlântico, Auri Pavoni, afirmou que a empresa é obrigada a arcar com despesas de limpeza e conserto dos veículos danificados pelo trampo porco com cimento. Vou mandar os fiscais da prefeitura olharem de perto o problema, disse Auri.