A federação Catarinense de Fu­tebol (FCF) divulgou no final da tarde de ontem em seu saite a convocação pra reunião do conse­lho técnico do campeonato Catari­nense do ano que vem. Todos os clubes já confirmados na primeira divisão foram convocados pra reu­nião que vai rolar no dia 10 de no­vembro, às 18h, na chiquetosa sede da FCF, na Maravilha do Atlântico. Pelo calendário do futebol brazuca publicado pela confederação Brasi­leira de Futebol (CBF), o campeo­nato Catarinense deve começar no dia 21 de janeiro.

O conselho técnico do estadual tem como principal função dis­cutir e aprovar o regulamento do campeonato Catarinense. Como os dois últimos campeonatos se­guiram o mesmo regulamento, não há obrigação ...

O conselho técnico do estadual tem como principal função dis­cutir e aprovar o regulamento do campeonato Catarinense. Como os dois últimos campeonatos se­guiram o mesmo regulamento, não há obrigação pelo Estatuto do Torcedor de que a fórmula seja repetida. Geralmente a FCF já tem um regulamento pronto, em que os clubes dão uma bizolhada e di­zem amém, mas a coisa deve ser diferente dessa vez. “Não dá pra fazer uma prévia, o regulamento vai passar por discussão”, acredi­ta Fábio Nogueira, diretor técnico da federação.

Proposta polêmica

A tendência é de que a associação dos Clubes de Futebol Profissional da Santa & Bela solicite o aumento no número de clubes no estadual de 10 pra 12. Pelo menos essa foi a proposta aprovada nas duas reu­niões da associação desse ano. Um dos motivos do aumento é manter Concórdia e Imbituba na elite do futebol catarina. “Não vou dizer que não há possibilidade, ela exis­te. Mas acho bem pouco provável”, opina Fábio Nogueira, que já avisa. “A federação é totalmente contra”.

Na opinião da FCF, segundo No­gueira, um aumento no número de clubes e a virada de mesa pra ajudar Concórdia e Imbituba pode­riam abrir um precedente perigo­so. “Nada impede que depois eles queiram aumentar pra 14 e depois pra 16 pra beneficiar alguém”, ar­gumenta o diretor.

Em entrevista publicada no DIARINHO em maio, o diretor ju­rídico da FCF, Rodrigo Capella, ju­rou não ter a mínima chance que os rebaixados deste ano permane­çam na primeira divisão. “Podem ter 10, 12, 14 clubes, não importa. Mas os dois rebaixados vão jogar a Divisão Especial ano que vem”, lascou Capella na época.

Leis impediriam virada de mesa

Segundo os advogados da asso­ciação de Clubes, pra Concórdia e Imbituba conseguirem a virada de mesa teriam que reunir argumentos pra provar que a safadeza não infrin­giria o artigo 89 da Lei Pelé e o arti­go 10 do Estatuto do Torcedor. “Os dois artigos são claros: o acesso e o descenso numa competição têm que obedecer a critérios técnicos. Quem caiu tem que disputar a divisão in­ferior”, já alertava o diretor jurídico. João Nilson Zunino, presidente do Avaí e da associação dos Clubes, não foi encontrado pela reportagem.

Como é hoje

Nos últimos dois anos, o cam­peonato Catarinense utilizou o mesmo regulamento. As 10 equi­pes se enfrentam em turno único e em seguida fazem as semifinais e a final pra definir o campeona­to do turno. Depois, elas voltam a se enfrentar em turno único, mas com os mandos invertidos. Rolam a semifinais e as finais pra definir o campeão do returno. Os campeões do turno e do returno decidem o caneco da competição. Já os dois últimos caem pra Se­gundona, sendo substituídos no ano seguinte pelos dois primeiros dessa divisão.