A 2ª edição da Aquapesca Brasil chega em terras peixeiras com uma expectativa de botar mais de 10 mil pessoas pra bater perna pelo centreventos da Marejada, na avenida Beira-rio, no centrão da cidade. O número de empresas, entidades e órgãos governamentais que terão estandes na feira é mais que o dobro do ano passado: 123. Nós, que temos a pesca como um dos pilares da nossa economia, temos a obrigação de trazer um evento dessa capacidade para a cidade, sigaba o empresário Aguinaldo Hilton dos Santos, secretário de Pesca e Aquicultura da prefa de Itajaí e que integra a direção do sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi).
A Aquapesca é organizada pelo Sindipi. Patrocinadores de peso, como o ministério da Pesca, a Petrobras, a Eletrobrás e o Banco do Brasil dão ideia da importância do evento, que reúne não só empresários de dezenas de países da América Latina, da Europa e da Ásica, como também estudiosos dos setores da aquicultura e da pesca.
A abertura oficial acontece quarta-feira, às 15h. Visitar os estandes pra conhecer produtos, serviços e novas tecnologias é digrátis. Na quarta e na quinta, a Aquapesca funciona até as 22h. No último dia, sexta, vai só até as 20h. Diariamente, a Marejada vai abrir seus portões ao público às 14h.
Além das exposições, rolam na Aquapesca um simpósio internacional que debate características dos setores da pesca e da aquicultura e a apresentação da produção de pesquisas de cientistas de todo o país.
Frotas de Itajaí e Navega lideram captura no país
Apesar dos empresários viverem reclamando de crises no setor, da fiscalização supostamente exagerada dos órgãos ambientais e das importações de pescados a preços mais baixos que fiofó do sapo, a pesca industrial continua sendo a mais importante fonte de produção do país quando o assunto é a exploração dos recursos vivos do mar. Dos 160 milhões de toneladas pescadas ano passado no Brasil, 90 milhões vieram da captura industrial, faz questão de dizer o empresário Aguinaldo dos Santos, chefão da secretaria de Pesca e Aquicultura da prefa de Itajaí.
Apesar de uma brochada na produção de 16,3% em relação a 2009, no ano passado a pesca industrial da Santa & Bela foi responsável pelo desembarque de aproximadamente 114 milhões de toneladas. A informação é do boletim Estatístico da Pesca Industrial de Santa Catarina, produzido pelos sabichões da Univali.
Pra ter ideia da importância da região no cenário nacional, juntas as frotas de Itajaí e Navegantes pescaram mais de 93 milhões de toneladas. Ou seja, capturaram mais de 80% do que se pescou no estado e quase 60% de tudo o que foi capturado no país pelas embarcações industriais.
Hoje, informa Aguinaldo, calcula-se que entre as citys peixeira e dengo-dengo existam cerca de 600 grandes barcos. O setor da pesca, incluindo aí as indústrias de manipulação, diz ainda o chefão da secretaria de Pesca de Itajaí, emprega diretamente 20 mil pessoas e ajuda a manter, indiretamente, outros 30 mil trampos.]
Empresários vão botar ministro na parede
De quarta até sexta-feira, o nome de Itajaí tá marcado na agenda do ministro Luiz Sérgio de Oliveira como compromisso prioritário. O abobrão da Dilma vai participar de todo o evento. Começa com a coletiva à imprensa que dará às 13h de quarta na Marejada, junto com o empresário Giovani Genázio Monteiro (chefão do Sindipi), o prefeito Jandir Bellini (PP) e Aguinaldo dos Santos, chefão da secretaria de Pesca e Aquicultura da prefa de Itajaí.
Mas não serão apenas flashs, microfones e holofotes que marcarão a presença de Luiz Sérgio por aqui. Ele terá muito pepino pra descascar (ou muito peixe pra descamar, como queira). Historicamente chorões, os empresários vão botar o ministro na parede. Já temos uma reunião marcada com ele dia 10 [quinta-feira], às 14h, no estande da prefeitura, revela o secretário da Pesca da prefa peixeira.
Entre os temas polêmicos da pauta da reunião com o ministro estão os períodos de defeso, em especial o da sardinha. Na captura da sardinha você tem uma parada da pesca de cinco meses pra sete meses trabalhado no ano. Isso prejudica o armador, a indústria e até mesmo o pescador, reclama Aguinaldo, que também é dono de barcos. Queremos é que seja feito um fórum da pesca industrial para rever alguns defesos, entre eles o da sardinha, adianta o secretário da Pesca do Itajaí.
A entrada no Brasil de pescados vindos em especial da Ásia, com preços menores e supostamente com qualidade sanitária inferior, também fazem parte dos temas delicados que serão conversados com o abobrão da Dilma.