Depois de duas semanas de muitos protestos e negociações entre conferentes e a APM Terminals, empresa que administra berços de atracação no porto peixeiro, rolou ontem uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Florianópolis. Mais uma vez, as duas partes não chegaram a um acordo, e toda a cadeia portuária segue amargando prejuízos, que já passam de R$ 7 milhões.
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O presidente do sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga, Laerte Miranda Filho, disse que o juiz apresentou a proposta de que, nos próximos 60 dias, a APM e os conferentes sentassem e discutissem ...
O presidente do sindicato dos Conferentes de Carga e Descarga, Laerte Miranda Filho, disse que o juiz apresentou a proposta de que, nos próximos 60 dias, a APM e os conferentes sentassem e discutissem as regras pra se chegar a um acordo. Além disso, a empresa teria que desvincular os oito funcionários contratados durante o período da greve, que são cinco conferentes e três estivadores. Essa foi a proposta do juiz e eles não aceitaram, assim como nós não vamos aceitar nada diferente do que o juiz apresentou, detona.
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Já a firma holandesa queria baixar esses dias pela metade. Pra APM, o certo seria 30 dias de negociações e, ao fim do período, ela teria liberdade pra contratar quem quisesse. Laerte estava um pouco decepcionado com a tentativa fracassada de se chegar a um consenso, mas garante que, se a APM não voltar atrás, os conferentes vão aguardar paradinhos a decisão final do juiz que deve sair em 10 dias. Nós estamos brigando pelo certo, senão não teríamos feito a paralisação, aponta. Ninguém da APM se pronunciou sobre a reunião de ontem.
Como começou
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A paralisação dos conferentes começou por causa da redução salarial feita pela APM. Em setembro, terminou o contrato entre o sindicato dos conferentes e a empresa, que abriu um edital que reduzia em 30% o salário dos peões em relação ao atual, que hoje bate na casa dos R$ 8 mil.