Uma das boas notícias é a liberação definitiva das áreas de cultivo de mariscos, ostras e vieiras, que tava há cerca de 10 anos atravancada por conta da burocracia do governo. Esta legalização das áreas para a maricultura é muito importante porque quem está na atividade vai poder agora usufruir de financiamentos, como a linha de crédito do BNDS (banco Nacional de Desenvolvimento Social) para beneficiamento, exemplificou o abobrão da Dilma durante a coletiva que deu ontem à tarde, no centreventos da Marejada, onde tá rolando a mega-feira de pesca e aquicultura.
Ladeado pelo prefeito peixeiro Jandir Bellini (PP) e pelo empresário Giovani Monteiro, presidente do sindicato dos Armadores e da Indústria da Pesca de Itajaí e Região (Sindipi), o fala-mansa Luiz Sérgio citou ainda o convênio pra construção do novo centro de abastecimento de Itajaí, que vai substituir o atual mercado público. A grana da obra, orçada em R$ 2,5 milhões, vem na sua maior parte do ministério da Pesca. A contra-partida da prefa é de R$ 500 mil. Amanhã, revelou Jandir, ele vai assinar a ordem de serviço pra começar a construção ainda este ano.
Hoje começam as polêmicas
Mas hoje termina o oba-oba do ministro. Durante a manhã, ele se enterra em reuniões com delegações estrangeiras que visitam a feira. À tarde, o bicho pega ainda mais. Ele vai levar mó prensa de representantes de entidades empresariais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.
Os empresários vão berrar contra as dificuldades na liberação das licenças pra pesca e principalmente essa história do governo permitir que entrem no Brasil pescados já processados pela indústria estrangeira. O mar pode estar muito revolto (entre empresários e governo), mas estamos remando no mesmo rumo, disse o ministro ao ser perguntado pelo DIARINHO sobre o que espera do conversê com industriais e armadores de pesca. Ele também se manifestou sobre a história das importações de pescados industrializados. O ministério é contra a importação de produtos já industrializados. Essa discordância (com o próprio governo que Luiz Sérgio representa) é tanto dos empresários quanto minha, discursou.
Povão terá nova isenção da tarifa de luz
Até o final deste mês vai começar a valer a portaria interministerial que isenta do pagamento da tarifa da energia elétrica as famílias que têm em casa algum equipamento de saúde essencial pra manter a vida de doentes. A portaria, assinada esta semana pelos ministros Alexandre Padilha, da Saúde, e Edison Lobão, das Minas e Energia, vale só pro povão que tem inscrição no cadastro único do governo federal.
Pra ter direito à isenção do pagamento de luz, o dono da casa tem que apresentar pro pessoal da Celesc (no caso de quem mora na Santa & Bela) um laudo da secretaria de Saúde da prefa ou do governo do estado confirmando que mantém em casa equipamentos essenciais pra vida, como respirador ou aspirador de secreções, por exemplo.
Arregaço pras fábricas de roupas e sapatos
Na tentativa de brecar a crise que atinge setores de confecções e calçados em todo o país, por conta dos importados que chegam pelaqui a preço de banana, a presidenta Dilma Rousseff (PT) decidiu dar um arregaço pras fábricas de roupas e de sapatos. Durante seis meses, a partir da segunda-feira desta semana, as empresas brazucas terão preferência nas compras feitas por órgãos do governo federal.
Na prática, a coisa funciona assim: as empresas brasileiras poderão vencer as licitações com preços até 8% acima dos produtos que vêm dos gringos. Entram no arrego camisetas, bermudas, calças, saias, agasalhos, meias, bonés, tênis e mochilas. A lista inclui ainda artigos de uso militar, como boinas, botinas de lona e sacos de dormir.
Velhaquice nas lojas continua aumentando
A velhaquice continua preocupando os comerciantes do varejo. Pesquisa da confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que a inadimplência do povão teve uma alta de 4,78% em outubro deste ano se comparado com o mesmo mês de 2010. Se for contar no acumulado do ano, em 2011 a velhaquice já contabiliza alta de 5,21%. A pesquisa aponta ainda que outubro foi o nono mês consecutivo que aumentou a inadimplência em todo o país.
Pro catarinense Roque Pellizaro Júnior, presidente da CNDL, o problema também se reflete na queda das vendas. Dentro da expectativa que se tinha, o crescimento está menor do que o obtido em igual período do ano passado porque está sobrando menos dinheiro para o consumo, disse ao divulgar os números da pesquisa.