Os dias de jaula acabaram ontem pro ex-delegado geral da polícia Civil de Santa Catarina, Ademir Serafim. Depois de nove dias trancafiado no xilindró da diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), em Floripa, o dotô foi liberado. Ademir foi preso na operação Jogo Duplo acusado de receber propina e fazer vistas grossas pra um cassino que funcionava em Balneário Camboriú.
O dotô Ademir foi enjaulado junto com outro policial civil e mais oito pessoas, no dia 4 de novembro. Segundo a acusação do Ministério Público, eles fariam parte de uma quadrilha responsável por ...
O dotô Ademir foi enjaulado junto com outro policial civil e mais oito pessoas, no dia 4 de novembro. Segundo a acusação do Ministério Público, eles fariam parte de uma quadrilha responsável por um cassino que funcionava no hotel das Américas, no centro da city. No mês passado, os homisdalei flagraram a jogatina por lá e, desde então, tavam investigando a bronca. Na fuçada, eles levantaram quem estava envolvido no lance.
O promotor Alexandre Grazziotin pediu à justa a prisão temporária do delegado e dos acusados por 10 dias. O ex-delegado geral da Civil e atual responsável pela operação Veraneio é acusado de receber propina pra evitar atraques no cassino. No dia da prisão, foram encontrados com ele R$ 2 mil. A grana pode ter sido paga pelos donos da jogatina.
O delegado passou os últimos dias na sede da Deic, onde prestou depoimentos aos tiras. Por enquanto, a diretoria não divulgou a versão do acusado. Enquanto estava por lá, seu advogado, Rodrigo Pereira Maus, tentou revogar a prisão dele alegando que Ademir sofria constrangimento ilegal, mas o pedincho não foi atendido. Ademir só foi liberado ontem à tarde, pois acabou o prazo da prisão temporária. Como o promotor não pediu a prorrogação da prisão, pois o delegado teria colaborado na investigação, ele foi liberado.
Tomou doril
Livre, leve e solto, o delegado partiu direto pro Balneário Camboriú. Ontem, a equipe do DIARINHO bateu em sua casa, em um apê chiquetoso da rua 3700, mas não conseguiu conversar com o delegado. Segundo alguns vizinhos, há alguns dias o dotô não aparece por lá.
Por telefone, o delegado também não foi localizado. A reportagem ainda tentou conversar com o promotor e o advogado de defesa, mas eles não atenderam as ligações. A delegada Regional Magaly Ignácio também não foi encontrada pra confirmar se o delegado Ademir segue à frente da operação Veraneio na região.