O Dia Mundial do Diabetes, que rolou ontem, teve o objetivo de conscientizar o povão a se cuidar. Apesar da doença ser bem conhecida, muita gente não sabe que, se não tratada, ela pode trazer sérias complicações. Além disso, há quem subestime a doença e acabe não se tratando. Pra mudar esse panorama, cidades da região organizaram algumas ações.
Pra se ter uma ideia da seriedade do problema, o diabetes mata uma pessoa a cada 10 segundos no mundo, conforme estatística da federação Internacional de Diabetes, ligada à organização Mundial da ...
Pra se ter uma ideia da seriedade do problema, o diabetes mata uma pessoa a cada 10 segundos no mundo, conforme estatística da federação Internacional de Diabetes, ligada à organização Mundial da Saúde (OMS). Em todo o mundo são 300 milhões de diabéticos. No Brasil, cerca de 11 milhões de pessoas são portadoras da doença, segundo dados do ministério da Saúde. É muita gente. É uma epidemia, na verdade, comenta a endocrinologista Lireda Meneses Silva, lembrando que muitas pessoas têm diabetes e não sabem, e outras que sabem não fazem o tratamento adequado.
Pra tentar conscientizar as pessoas, a prefa e a associação dos Hipertensos e Diabéticos de Camboriú organizou uma caminhada com teste de glicemia capilar e verificação de pressão arterial na última sexta-feira. Também teve uma apresentação teatral sobre o assunto. Pra chamar ainda mais a atenção da população, o palco Priscila Santos Zanetti, na praça das Figueiras, no centro, vai ficar iluminado de azul - a cor da campanha contra o diabetes - todas as noites até o final deste mês. As unidades de saúde também foram decoradas com círculos e balões azuis. Em Balneário Camboriú, a prefa também realiza ações durante esta semana. Desde ontem, o Cristo Luz tá azulzinho e ficará assim até o fim do mês, pra chamar atenção pra doença. Ainda vão rolar ações nas unidades de saúde.
Saiba mais sobre a doença
O diabetes rola quando o pâncreas não tem ou não produz quantidade suficiente de insulina, hormônio que ajuda a regular o metabolismo, ou seja, o processo de queima ou armazenamento dos nutrientes da alimentação. A doença vem com o aumento dos níveis de açúcar (a glicose) no sangue, conhecido como hiperglicemia. O açúcar no sangue fica alto e detecta a presença de diabetes, conta Lireda. Com o nível de açúcar alto, a pessoa começa a urinar muito, se sentir fraca, perder peso e ter a visão turva alguns dos principais sintomas da doença. Ainda existem vários fatores de risco que contribuem, como ter pais que tiveram diabetes, excesso de peso e hipertensão, por exemplo.
O diabetes não tem cura, mas se a pessoa for diagnosticada e se tratar direitinho, pode ter uma vida normal. É fácil saber se você tem a doença. Basta ir a qualquer laboratório e tirar sangue. Controlando, vai ter uma vida normal. Uma vez que se tenha o bom controle, é como não estar doente, garante a endocrinologista. O valor normal de glicemia que a pessoa pode ter é até 99. Acima disso, é bom começar se cuidar.
Se a doença não for controlada, há complicações graves, como o comprometimento circulatório, doença vascular que pode levar ao enfarto , amputação de membros, problemas nos rins e dores nas pernas. Na parte oftalmológica, o não tratamento do diabetes é a principal causa de cegueira entre os 20 e 80 anos.
Como é o tratamento
A regra geral pro tratamento é ter alguns cuidados na alimentação e fazer muita atividade física. A pessoa tem que ficar ligada porque na dieta não deve deixar de comer só doçuras, mas também carboidratos, que têm açúcar. O segundo passo é fazer atividades físicas pra manter o peso, porém os exercícios também são indicados aos magros. Quanto mais dentro do peso, mais fácil controlar, explica. Por último, vêm os medicamentos, que ajudam o pâncreas a produzir insulina.