Preocupado com a saúde do filhote, o funcionário público Afonso Círio correu pro hospital Pequeno Anjo, de Itajaí. Ele garante que, em vez de ser atendido por um médico de crianças, tomou chá de cadeira com o filho doentinho no colo. Ficamos das 8h até às 10h esperando. O hospital sempre foi um modelo e agora está ao descaso. Antes eram dois pediatras por plantão. Agora é só um. Como vão conseguir dar conta de atender todo mundo?, reclama. Afonso ainda arrisca um palpite sobre a falta de médicos. Isso não é só por causa do salário. Muitos estão saindo devido aos materiais ruins que são fornecidos pelo hospital. Isso tem que ser revisto pela diretoria, lasca.
A chefona do hospital, Atella Provesi, confirmou a redução de pediatras por plantão. Segundo a chefona, no início do ano o hospital contava com 22 dotôres e agora tem apenas 10. No entanto, a diretora do Pequeno Anjo discorda da teoria do Afonso. Posso garantir que nossos diferenciais são a qualidade dos equipamentos e a estrutura que temos aqui, afirma.
Atella explica que a falta de pediatras não é exclusividade do hospital de peixeirinho. Está faltando no Brasil inteiro. O pessoal se forma em medicina e não está mais procurando se especializar ...
 
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A chefona do hospital, Atella Provesi, confirmou a redução de pediatras por plantão. Segundo a chefona, no início do ano o hospital contava com 22 dotôres e agora tem apenas 10. No entanto, a diretora do Pequeno Anjo discorda da teoria do Afonso. Posso garantir que nossos diferenciais são a qualidade dos equipamentos e a estrutura que temos aqui, afirma.
Atella explica que a falta de pediatras não é exclusividade do hospital de peixeirinho. Está faltando no Brasil inteiro. O pessoal se forma em medicina e não está mais procurando se especializar em pediatria. Além da falta de mão de obra, nós não somos quem melhor paga na região, mas também não somos quem menos paga. Os médicos estão saindo, pois recebem propostas melhores ou abrem consultórios particulares mesmo. O Pequeno Anjo é administrado pela Univali, não temos como pagar mais. Mas acredito que além do salário, o que está desgastando os pediatras daqui é o volume de atendimento, opina.
Povo sem noção
Outro problema que tem agravado a demora nos atendimentos são os pacientes mirins que aparecem por lá sem apresentar quadro de urgência. Atella informou que casos menos graves, como assaduras no bumbum e até consultas rotineiras, estão pintando no Pequeno Anjo e atrapalhando as emergências. Os pais devem entender que em situações como essas eles podem procurar os postinhos. Aqui é para casos graves, que coloquem em risco a vida das crianças. Semana passada, uma mãe veio aqui e disse que estava passando por perto e resolveu trazer o filho para ver se estava tudo bem. Enquanto isso, crianças realmente doentes naquele momento esperavam na fila. Como estamos com poucos médicos, queremos priorizar atendimentos mais graves. Sei que para os pais tudo é grave, mas eles devem pesar também que podem colocar em risco outras crianças, finaliza.
Pros médicos interessados
Preocupada com a falta de pediatras na city, Atella aproveitou pra contar que o hospital tá com vagas abertas pra médicos plantonistas. Os interessados devem encaminhar currículo pra o e-mail silvana.oliveira@univali.br, ou entrar em contato pelo telefone (47) 3249-5341, com o setor de Recursos Humanos da Univali.