A prefeitura costuma liberar por temporada entre 60 e 80 alvarás pra vendedores ambulantes e uns 20 para quem quer botar um ponto de comércio eventual, informa o fiscal Leandro de Borba. Tanto pra quem anda pra lá e pra cá carregando seus produtos quanto pra quem bota um ponto fixo, a prefa da Penha limita o número de atividades em cada uma das 19 praias da sua costa.
Pra comércio ambulante, este ano não será permitida a venda de óculos. É uma questão de saúde pública, observa Leandro. É que os óculos de sol vendidos nas areias da praia a preço de banana são made in Paraguay, sem qualquer controle de qualidade e licença das otoridades da saúde. De resto, os ambulantes vão poder vender quase tudo. É permitido o comércio de redes, cangas, chapéus e alimentos como picolés ou maçãs do amor, explica o bagrão da fiscalização.
Os comércios eventuais podem ser tanto uma salinha alugada para o verão quanto as famosas carrocinhas que passam o dia inteiro perto da praia e vendem churros, milho, caldo de cana ou bebida, por exemplo. Boteco e lanchonete que abra somente durante a temporada entra nesta lista também. Mas na maioria dos casos não será permitida a colocação de estruturas nas faixas de areia, restinga ou calçadas, ressalta Leandro.
A exceção vai pras instalações dos bananas boats, aquelas boias compridas que são puxadas por lancha. Área pra aluguel de caiaque também entra neste esquema.
Sabichona vai ensinar como atender o turista
A prefa da Penha promove no dia 6 de dezembro um curso pro pessoal que vai trampar como vendedor ambulante ou montar um comércio durante a temporada de verão. O curso vai rolar na pousada Pedra da Ilha, entre as 19h e as 22h, e será digrátis.
A turismóloga e empresária Margarete e Sá será uma das profes do curso. Nós falamos do turismo local, das praias e sobre a qualidade no atendimento, explica. O aluno sai de lá, garante, sabendo o nome e a história de cada uma das praias e dos atrativos da cidade, incluindo o parque Beto Carrero World. Também são repassadas informações sobre as opções de hotelaria e gastronomia da Penha.
O pessoal da vigilância sanitária da prefa e da secretaria de Fazenda também dá um plá com os participantes sobre higiene e documentação necessária pro trampo.
Tão sendo esperadas 40 pessoas pro curso, diz ainda Margarete. E não só os vendedores ambulantes ou comerciantes eventuais. Teve um ano que até a polícia Militar fez o curso, conta.
A inscrição é digrátis, informa a turismóloga, e pode ser feita até o dia da palestra. Além de uma apostila com o conteúdo ensinado, cada participante ganha ao final o certificado, um boné e um colete com os dizeres Treinado para atender bem!, que deverá ser usado como uniforme de trabalho.