O porto de Itajaí recebe hoje, às 7h, o navio Maersk Jaipur. Será a primeira embarcação a atracar na city peixeira após 23 dias de greve dos conferentes. A embarcação vem de Paranaguá/PR pra ser carregada de contêineres aqui. Sábado, após um plá, APM Terminals e conferentes entraram em acordo e os portuários avulsos descruzaram os braços. Nesse tempo parado, o porto deixou de faturar cerca de R$ 25 milhões. Conforme a assessoria de imprensa do porto, não haverá plantão especial pra retomada dos trampos.
A reunião que encerrou a greve rolou na manhã do sábado e, às 14h, depois de assembleia, os conferentes resolveram voltar pro batente. A APM não vai mais contratar os avulsos. E os 19 que foram contratados vão pro olho da rua. Além disso, os trabalhadores conseguiram, pelos próximos dois anos, a manutenção dos pagamentos por produção. A APM concordou também em reajustar o salário conforme o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O chefão do porto, Antonio Ayres dos Santos Júnior, disse que o fim da paralisação proporcionará que parte das empresas de navegação continue usando os berços do porto peixeiro, em vez de seguir ...
A reunião que encerrou a greve rolou na manhã do sábado e, às 14h, depois de assembleia, os conferentes resolveram voltar pro batente. A APM não vai mais contratar os avulsos. E os 19 que foram contratados vão pro olho da rua. Além disso, os trabalhadores conseguiram, pelos próximos dois anos, a manutenção dos pagamentos por produção. A APM concordou também em reajustar o salário conforme o índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
O chefão do porto, Antonio Ayres dos Santos Júnior, disse que o fim da paralisação proporcionará que parte das empresas de navegação continue usando os berços do porto peixeiro, em vez de seguir pros concorrentes da city, como o Portonave.
Por meio de nota, a direção da APM falou sobre o acordo com os grevistas. As partes convergiram seus interesses, no sentido de assegurar trabalho e renda aos trabalhadores e, simultaneamente, trazer competitividade ao terminal portuário.
Já o presidente do sindicato dos Conferentes, Laerte Miranda, não tava muito satisfeito com o acordo. Mas, pra evitar um tombo maior via dona justa, já que a empresa não tava a fim de acordo, os conferentes abriram as pernas e voltaram pro trampo. Vamos ter um desconto de 30% em nosso rendimento. As pessoas que governam essa cidade não apoiaram a causa dos conferentes. Não tínhamos como esperar a decisão da Justiça. Mas os 54 conferentes não estão satisfeitos com a decisão, disse Laerte.
A bronca
No final de setembro, o contrato entre o sindicato dos conferentes e a APM chegou ao fim. Os trabalhadores fizeram, então, através do sindicato, um dissídio coletivo e deram entrada na delegacia Regional do Trabalho com o documento. Mas a empresa, ao invés de renovar o contrato com os peões, abriu um edital pra contratação de 24 conferentes. No edital, o salário era 30% menor do que o do acordo firmado com a categoria. Desde então, várias reuniões foram marcadas, mas nenhuma terminou em consenso. Os conferentes chegaram a fazer duas paralisações antes de decidirem entrar em greve. A paralisação durou 23 dias e só acabou no último sábado.