Itajaí

Camelódromo toma conta de espaço que deveria ser de todos os peixeiros

Por Leonardo Thomé

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Barracas demais, história e beleza de menos são contrastes deste espaço que deveria privilegiar construções que representam o passado e são o DNA de Itajaí. Um local com potencial turístico, no coração da cidade, mas que hoje é útil pra moradores ou visitantes somente fazer compras de badulaques ou lanches rápidos. Uma praça pública nas mãos do comércio popular, os camelôs, que vendem de tudo em boxes de madeira ou concreto, com telhados de zinco e vigas de ferro vermelho, que sustentam o teto do lugar. Assim é ocupada a praça Arno Bauer, que fica entre a rua Gil Stein Ferreira, o calçadão da Hercílio Luz e a avenida Marcos Konder, no centro peixeiro.

Mesmo que represente o sustento de muita gente, o camelódromo instalado na praça, no entorno de três prédios históricos tombados pelo município e pelo estado, é, na visão de entendidos, um comércio desordenado que cada vez mais espanta as pessoas do centro itajaiense. Especialistas em arquitetura urbanística e patrimônio histórico de Itajaí são unânimes em afirmar: é necessário tornar a praça mais humana, ágil, limpa e, por consequência, mais atrativa pro povo de Itajaí e pras pessoas que visitam a cidade.

A arquiteta Silvana Pitz, que também é gerente de Patrimônio da fundação Cultural de Itajaí, considera inadequada a ocupação de uma praça pública pelo comércio informal de ambulantes. Principalmente, ressalta, num lugar dotado de bens preciosos, como a igreja Matriz, inaugurada em 1955; o palácio Marcos Konder, que data de 1925; e a casa da Cultura Dide Brandão, onde antigamente funcionava a escola Victor Meirelles, cujo prédio foi construído no distante ano de 1913. “A praça está tomada pelos comerciantes. E o pior é que isso tira as pessoas dali, porque você não vai lá pra passear. Você passa na praça, mas só passa em direção a algum lugar”, avalia.

A praça deveria ser exclusiva do povo, mas não visando o lucro e a exploração comercial. Essa é a opinião do arqueólogo e superintendente da fundação Genésio Miranda Lins, Darlan Cordeiro, que afirma ser um absurdo um espaço tão rico de história e cultura estar entregue ao camelôs, que pouco dão em troca aos usuários do lugar. Pra ele, uma revitalização no local seria fundamental pra devolver o espaço à população e pras futuras gerações. “O camelódromo ali é um completo absurdo, pois está no meio de três prédios históricos do município, que ficam escondidos pelo comércio popular”, critica.

Nobre demais pro comércio

Membro da associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí (Amfri), o arquiteto e urbanista Marcelo Garcia disse que as autoridades, ao colocarem os ambulantes naquela região da city, transformaram um espaço que era nobre em algo muito popular, o que acabou por afastar a praça de suas finalidades originais, como, por exemplo, um ponto que deveria ser voltado pro lazer, cultura e entretenimento. “Não para comerciantes”, sentencia Marcelo, dizendo que o problema é complexo, pois envolve muitas famílias que dependem das barracas e das vendas. “É difícil tirá-las dali”, acredita.

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