Tá confirmado oficialmente o que todo mundo já esperava. A movimentação de contêineres no porto Itajaí despencou 37% em novembro, se comparado com outubro, e 25% se a base de comparação for o mesmo mês do ano passado. Os números que representam a queda brusca no leva-e-traz de cargas do complexo portuário por conta da greve dos conferentes no terminal da APM foram apresentados ontem pela direção do porto aos bambambãs do conselho de Autoridade Portuária.
Continua depois da publicidade
Pelo relatório apresentado por Robert Grantham, diretor executivo do porto público, mês passado, em todo o complexo, foram movimentados 66,79 mil TEUs, que é a medida que leva em consideração aqueles ...
Pelo relatório apresentado por Robert Grantham, diretor executivo do porto público, mês passado, em todo o complexo, foram movimentados 66,79 mil TEUs, que é a medida que leva em consideração aqueles contêineres menorzinhos. Em novembro de 2010, esse número havia sido de 89,5 mil. Na ponta do lápis, a despencada na movimentação significou R$ 1,5 milhão a menos que deixou de ser movimentado por dia na cadeia logística portuária. Multiplique isso aos 23 dias de paralisação dos conferentes e você vai ter ideia do tamanho do preju: R$ 34,5 milhões.
Continua depois da publicidade
Se contar só o entra-e-sai de contêineres no terminal da APM, o antigo Teconvi e que arrenda parte do cais público em Itajaí, a queda da movimentação é de assustar. Foi de 78%. Em novembro do ano passado, o terminal movimentou 40,46 mil TEUs. Em novembro deste ano, mal passou de nove mil. Se comparado a outubro, a movimentação despencou de 45,85 mil TEUs para 9,041 mil TEUs, ou seja, um declínio de 80,29%, completa Grantham.
Nessa história toda, quem se deu bem foi o porto de Navegantes (Portonave), que absorveu parte da carga que não pôde ser movimentada pelo lado de Itajaí. Por conta disso, registrou um crescimento na movimentação de contêineres de 29% entre outubro e novembro. Foram 57,75 mil contêineres movimentados mês passado.
Continua depois da publicidade
Apesar da inhaca da greve, até agora nenhum armador anunciou oficialmente o fim de alguma linha ou serviço internacional que utilize algum dos cinco terminais em funcionamento do complexo portuário de Itajaí.