Explosões de caixas eletrônicos, sequestro-relâmpago, homicídios praticados no Paraná e falsificação de documentos. Esses são alguns dos crimes da quadrilha da qual fazem parte três bandidos presos na sexta-feira, acusados de matar o policial rodoviário federal Leonardo Valgas, 36 anos, no bairro Coqueiros, em Floripa. Nesta segunda-feira, disse ontem ao DIARINHO o delegado Hildo Rosa, da Polícia Federal da capital, o nome verdadeiro do trio será oficialmente divulgado.
O delegado da PF disse ter certeza de que os três homens fazem parte de uma megaquadrilha que toca o terror na região da grande Floripa. Eles seriam os autores de uma pá de explosões de caixas eletrônicos ...
O delegado da PF disse ter certeza de que os três homens fazem parte de uma megaquadrilha que toca o terror na região da grande Floripa. Eles seriam os autores de uma pá de explosões de caixas eletrônicos que rolaram nas últimas semanas no litoral catarina. Não tenho dúvidas que eles estão envolvidos nesses ataques a caixas eletrônicos. A quantidade de dinheiro que encontramos, com muitas notas repetidas de 50, 20, 10 e cinco reais, é um indicativo desta atividade. Além disso, temos as bananas de dinamite, e a fisionomia deles é muito parecida com imagens dos homens que assaltaram o Banco do Brasil, em Ingleses, disparou dotô Hildo. O valor apreendido com os bandidos não foi informado.
Outro detalhe a ser confirmado hoje, disse ainda o delegado, é a suspeita de que o trio já é procurado pela dona justa do Paraná. A quadrilha, apesar de atuar também em Santa Catarina, tem base no estado vizinho. Provavelmente eles vão ser indiciados e denunciados por outros crimes, porque com a frieza que eles demonstraram já devem ter praticado outros assassinatos, observou.
O trio foi preso às 18h30 de sexta-feira, num apê em São José. Na manhã daquele dia, dois deles assassinaram friamente um policial rodoviário federal. Durante uma perseguição, eles pararam o carango numa rua do bairro Coqueiros e fizeram menção de se entregar. Quanto o policial parou a motoca, eles deram ré, o derrubaram e o crivaram de balas. O patrulheiro morreu minutos depois.
Policial assassinado foi cremado no Balneário
O corpo do policial rodoviário federal Leonardo Valgas Santos, 36 anos, foi cremado na manhã de sábado em Balneário Camboriú. Morto no dia em que completava seis anos na corporação, Leonardo morava em São José e era integrante do corpo de Motos Regional, que é subordinado diretamente à superintendência da PRF. O patrulheiro atuava unicamente na Via Expressa de Floripa, pertinho de onde morreu. Por ali cuidava do trânsito e também ficava de olho na marginália que costuma usar a rodovia como rota de fuga.
Quando não estava na Via Expressa, o policial rodoviário trampava fazendo escolta e segurança de otoridades. Leonardo era casado há sete anos e não tinha filhos.