Enquanto o ex-governador Leonel Pavan (PSDB) comemora a decisão da dona justa de não ter aceitado a denúncia-crime contra ele por improbidade administrativa e corrupção passiva, o Ministério Público (MP) da Santa & Bela pensa sobre o próximo passo.
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De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a promotora da Moralidade Administrativa de Floripa, Juliana Padrão Serra de Araújo, só soube da decisão pela imprensa, portanto, vai aguardar ...
De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, a promotora da Moralidade Administrativa de Floripa, Juliana Padrão Serra de Araújo, só soube da decisão pela imprensa, portanto, vai aguardar a intimação pra poder se manifestar sobre a possibilidade de recurso. Isto deve acontecer até o finde.
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Os fatos narrados pelo promotor público não se ajustam à roupagem legal e não estavam embasados em nenhuma prova lícita, defendeu o advogado do tucano, Cláudio Gastão da Rosa Filho. A denúncia do MP era de que Pavan tava envolvido em crimes investigados pela operação Transparência deflagrada pela polícia Federal em 2009, que envolveu bagrões do governo do estado e empresas que, supostamente, sonegavam imposto. Mas o Tribunal de Justiça não acatou o pedido do MP. A decisão foi do juiz Alexandre Rosa, da 4ª Vara Criminal de Floripa.
Durante entrevista coletiva na manhã de ontem, tanto o ex-governador quanto o defensor dele fizeram questão de recordar que, se dependesse deles, a decisão não teria demorado esses dois anos. Eles tinham certeza que não tinha rolado nada de ilegal, por isso queriam que o julgamento rolasse o mais rápido possível. Lembro que fui pessoalmente à assembleia legislativa pedir autorização pra que o Tribunal de Justiça abrisse processo, se fosse o caso, contou o tucano.
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Reflexos na política
A operação Transparência explodiu no fim de 2009, às vésperas do período em que Pavan iria assumir o comando do estado, por causa da renúncia de Luiz Henrique da Silveira (PMDB), que iria concorrer a uma vaguinha no Senado. Na época, o tucano era um dos mais cotados pra ser o candidato a governador pela Tríplice Aliança (PSDB, PMDB e DEM). A denúncia interrompeu os planos. Ao invés de assumir o governo em janeiro, Pavan só sentou no lugar de Luiz Henrique no fim de março, quando a poeira baixou.