A 11ª edição da Volvo Ocean Race largou do porto da cidade espanhola de Alicante, no dia 4 de novembro, e vai terminar na cidade irlandesa de Galway, em 7 de julho de 2012. Apesar da lonjura das duas cidades, pois ambas estão na Europa, esses dois destinos têm muito em comum com Itajaí, a começar pela atividade portuária, que é o carro-chefe da economia dos três municípios. As semelhanças se estendem por serem todas cidades médias, pois nenhuma delas tem mais que 330 mil habitantes. Além disso, as três são polos universitários, com atuação destacada no lazer e turismo.
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Itajaí pode se espelhar em Alicante, palco da largada da regata, e também em nova Galway, onde vai rolar a chegada da maior competição náutica do mundo. Esta é a opinião de João Luiz Demantova, ...
Itajaí pode se espelhar em Alicante, palco da largada da regata, e também em nova Galway, onde vai rolar a chegada da maior competição náutica do mundo. Esta é a opinião de João Luiz Demantova, secretário executivo do Comitê Central Organizador (CCO) da etapa peixeira, que demonstra confiança ao falar na expectativa dos organizadores para o futuro de Itajaí. Alicante era vista como uma cidade com pouca expressão regional. A partir da Volvo, Alicante é conhecida no mundo todo. Ao longo dessa última parada, a cidade trouxe 937 mil pessoas onde vivem cerca de 300 mil, expõe.
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A regata Volta ao Mundo injetou na economia de Alicante um incremento de aproximadamente 200 milhões durante os anos em que foi realizada. A afirmação da prefeita da cidade, Sonia Castedo, rolou durante coletiva à imprensa itajaiense em novembro último. Conforme a prefeita, só em mídia espontânea mundial, a Volvo Ocean Race representa um retorno avaliado em 60 milhões de euros.
Já Galway, na Irlanda, com apenas 72 mil habitantes, teve na edição da VOR de 2008, quando a cidade participou pela primeira vez do evento, um público de um milhão de pessoas prestigiando a passagem da regata, o que se tornou, segundo João Luiz, o recorde de público de todas as paradas da VOR. Galway é o ponto de chegada este ano, e é uma cidade menor que Itajaí. A gente tá trabalhando com o horizonte de colocar 150 mil pessoas aqui ao longo dos 18 dias. E se colocarmos 150 mil agora, vamos botar 300 mil numa próxima edição e, quem sabe, numa terceira parada, vamos trazer 600 mil, confia.
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O coordenador da etapa peixeira da VOR, Amilcar Gazaniga, disse que, entre 2008 e 2009, a cidade de Galway, na Irlanda - na época o oitavo ponto de parada da Volta ao Mundo, teve um impacto econômico positivo de mais de R$ 87 milhões em variados setores da cidade, desde os hotéis, passando pelos restaurantes e chegando aos cofres públicos. Essa valorização das cidades é grandiosa. Itajaí precisa aproveitar isso, aponta.
O reitor da Univali, professor Mário Cesar dos Santos, que também esteve em Alicante para a largada da regata, diz que a city espanhola mudou muito depois da primeira passagem dos barcões por lá, em 2005. Segundo o reitor, os elementos turísticos e de infraestrutura da cidade deram um salto de qualidade após o município entrar na rota definitiva do evento. Alicante criou uma estrutura e está se destacando no cenário europeu de destino para a prática de esportes náuticos. Se Itajaí conseguir alcançar esses elementos que Alicante conseguiu, pode se tornar um destaque no cenário nacional, acredita o reitor.