O plano de Cargos e Salários apresentado na sexta-feira passada na Câmara de Vereadores de Camboriú continua a causar polêmica entre os servidores públicos da cidade. Depois dos médicos e dentistas, agora o restante dos profissionais da área da saúde abriu o berreiro. Eles alegam que o salário irá diminuir com a nova proposta e bolam um abaixo-assinado pra exigir melhorias.
Cerca de 100 fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros integrantes da área da saúde, ficaram fulos da vida com o plano. O pessoal diz que o salário não melhorou e chega até a diminuir ...
Cerca de 100 fisioterapeutas, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros integrantes da área da saúde, ficaram fulos da vida com o plano. O pessoal diz que o salário não melhorou e chega até a diminuir, como seria o caso dos fonoaudiólogos. Segundo A. S., a remuneração deles cairia de R$ 1,8 mil por 30 horas trabalhadas pra R$ 1 mil por 20 horas.
Indignados com o plano, a turma se reuniu e formou uma comissão. Eles estiveram reunidos na câmara de vereadores junto com o presidente Orlando Angioletti (DEM) e bolam um abaixo-assinado para ser entregue, até semana que vem, aos edis e na prefa. Pedimos que não aprovem antes que a prefeitura modifique o plano, afirma a muié.
Pra piorar o impasse entre a categoria e a prefeitura, a galera diz que nunca foi procurada pelas autoridades pra discutir o aumento no salário e nem as melhorias pra categoria.
Segue o baile
Enquanto mais gente abre o berreiro, os 70 médicos e 31 dentistas da city seguem de braços cruzados. A turma tá parada há duas semanas. A categoria não gostou da sugestão de aumentar o faz-me-rir de R$ 1,8 mil pra R$ 2,4 mil. Na sexta-feira, a dona justa definiu que a greve é ilegal, mas como até ontem a tarde eles ainda não tinham sido notificados da decisão, continuavam paralisados até a prefa alterar os valores do pagode.
Não foi sacanagem
O diretor da divisão de gestão de pessoas da prefa, Antônio Demos, responsável pela última análise do plano de Cargos e Salários, garante que os valores propostos não foram bolados pra sacanear o servidor. Ele explica que ofereceram os pagamentos de acordo com a tabela de cada categoria e o dindim disponível nos cofres públicos.
Quanto a denúncia de que os salários iriam diminuir, ele acredita que os servidores estão equivocados. Segundo ele, estava previsto até então um trampo de 40 horas por R$ 1,8 mil, e não 30 horas, como foi apontado pelos barnabés. Apesar do descontentamento, ele afirma que a prefa tá aberta pra conversar.
Hoje tem audiência
Às 14h de hoje vai rolar uma audiência pública com todos os servidores, na câmara de Vereadores de Balneário. Foram convidados secretários, representantes da prefa e a empresa Veri RH, que bolou o plano, pra discutirem o assunto. Vamos coletar as reivindicações, analisar e procurar o executivo pra ver o que pode ser melhorado, afirmou o presidente do sindicato dos servidores municipais, Gilberto Dalla Nora.
Segundo ele, na reunião de hoje não serão definidas modificações. Uma nova reunião pra apontar definitivamente as mudanças deve rolar até semana que vem.