Pro advogado Rafael Martins, chefão da Procon, o aumento não foi grande. O que assustou mesmo os fiscais do órgão foi encontrar uma diferença de até 100% no preço do mesmo produto entre um supermercado e outro. Um dos exemplos dessa diferança é o pernil com osso da Sadia. Quando a pesquisa foi feita, no dia 15, no Angeloni o produto tava sendo vendido a R$ 24,65. O mesmo pernil foi encontrado no Mini Preço por apenas R$ 9,30.
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As uvas-passas e as nozes com casca foram outros exemplos da grande diferença de preços entre um mercado e outro identificados pelo pessoal da Procon. Um pacotinho de 100 gramas de nozes podia ser comprado no Angeloni por apenas R$ 1,99 e no Comper por R$ 5,99. A uva que no Xande custava 10 pilas o quilo, no Mini Preço tava salgados R$ 49,90. Por isso, a grande dica deste Natal é pesquisar e muito!, afirma Rafael.
Uma outra surpresa foi o preço das aves Fiesta, da Sadia, e a Classy, da Seára, que o povão costuma chamar tudo de Chester, aquele frangão bombado da Perdigão. Este ano, todos tiveram um acréscimo de preço e tão custando praticamente a mesma coisa que o tradicional peru de Natal. E falando em peru, o danado ficou 10% mais caro este ano, informa ainda o chefão da Procon.
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Dicas pra comprar bem
A pesquisa de preços é apenas um dos hábitos saudáveis que o consumidor deve desenvolver, observa o advogado Rafael Martins. Além de bater perna atrás do preço mais barato, o povão deve também tomar outros cuidados. Prestar atenção no prazo de validade é fundamental, exemplifica.
Outro boa prática do consumidor é ficar ligado nas condições de higiene e armazenamento dos produtos. No caso dos congelados, eles devem estar em freezers e não em ambientes pra produtos resfriados. Se botar a mão no peru, por exemplo, e perceber que ele tá molinho, nem pense em comprar.
Ler o rótulo é outra boa prática. Ele indica quando o produto foi feito, quando acaba seu prazo de validade e todos os ingredientes contidos no rango. Dê uma olhada em todas as informações antes de levar a mercadoria, senão pode chegar em casa e descobrir que você ou algum convidado é alérgico a um dos ingredientes.
No caso dos rangos importados, o rótulo deve estar todinho em português. Se não for assim, é porque a mercadoria chegou pelaqui por debaixo dos panos e não passou pela fiscalização do governo, que garante a qualidade do produto.
Não costuma rolar reclamação
O chefão da Procon diz que não é comum chegarem reclamações no órgão de algum produto que integre a cesta da ceia de Natal. Até porque são produtos de mais qualidade do que aqueles consumidos no dia-a-dia, avalia. Mesmo assim, ressalta, o consumidor tem que sair do mercado com a nota fiscal do que comprou. Só assim, caso aconteça algum problema, vai poder reclamar oficialmente depois e não sair no preju.
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