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No começo a discrição. Mas não durou muito. Tão logo o projeto que previa o aumento do número de vereadores na câmara de Itajaí entrou em pauta começaram as discussões. No início, o discurso ficou no eu acho que. Uns dizendo que acreditavam que não deveriam aumentar as vagas, porque elevaria a despesa da casa do povo. Outros, dizendo que era tudo balela.
Mas com o DIARINHO não tem eu acho! A reportagem foi pra dentro do legislativo e mergulhou na papelada: teve acesso às despesas fixas da casa do povo e fez uma estimativa. E o resultado foi alarmante. Passar de 12 pra 21 vereadores causaria um preju de mais de 9 milhões de reales pros cofres da city peixeira. A manchete assustou e fez acordar as entidades de classe, que estavam quietinhas num canto. E no dia seguinte, os órgãos já tinham se unido e apresentado um papéli contrariando a decisão dos parlamentares que tinham acabado de aprovar o aumento na primeira votação.
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E o assunto esquentou. Vieram os outdoors pela city e começou o duelo entre as entidades e os partidos políticos. Até que, num plá na associação Empresarial de Itajaí (ACII), uns vereadores deixaram a entender que a câmara gastava demais por causa da má gestão. E o presidente do legislativo, Luiz Carlos Pissetti (DEM), se sentiu ofendido. E no dia 5 de agosto, às vésperas da segunda votação do projeto que criava mais nove cadeiras na casa do povo, Pissetti surpreendeu a todos: num mesmo ato ele renunciou à presidência por 30 dias, sem remuneração, e abriu uma CPI contra ele mesmo.
Níkolas Reis (PT), um dos defensores do aumento de vagas, assumiu o comando da câmara. E o clima ferveu pelos corredores da casa do povo peixeira. Por fim, Pissetti voltou. Antes disso, já tinha sido garantida a aprovação da lei dos 21.
A casa caiu
08/07
A polícia Federal (PF) deflagrou a operação El Niño, em Barra Velha. E um bando de otoridades foi escorraçado da prefa e da câmara: o prefeito Samir Mattar (PMDB), o presidente do legislativo, Valdir Tavares (DEM), o presidente da defesa Civil Marcelo Douglas Metelski, o abobrão do Planejamento e de Assunstos Jurídicos, Eurides dos Santos (PSDB), e o irmão dele, vereador Eurico dos Santos (PSDB). O vice-prefeito Claudemir Mathias Francisco (PSB) assumiu o comando da prefa.
Demorou, mas saiu
21/07
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Depois de sete meses, enfim o governador Raimundo Colombo (PSD) anunciou o nome da segunda otoridade na escala hierárquica da secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Itajaí. A ex-vice-prefeita Eliane Rebello (PMDB) foi escolhida pra se juntar ao abobrão Fabrício de Oliveira (PSDB).
Bateu o martelo
27/07
A dona justa condenou o presidente da câmara de Itapema, Giliard Reis (PMDB), e o ex-prefeito Clóvis José da Rocha (DEM) por improbidade administrativa. A pena dos dois foi a suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa. Junto veio a determinação: Giliard deve cair fora da casa do povo. Só meses depois o presidente da câmara conseguiu reverter o jogo e voltar pro posto.
Resolveram se mexer
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29/07
As entidades peixeiras que se posicionaram contra o aumento do número de vereadores espalharam outdoors pela city peixeira. Quando rolou a manifestação, o projeto que previa a criação de mais nove vagas na câmara já tinha sido aprovado na primeira votação.
Que coisa feia!
03/08
O rolo na prefa de Itapema começou uma semana depois que o PP da city anunciou a saída da base governista. Eles sabiam que o prefeito Sabino Bussanello (PT) iria dar um pé na bunda dos cargos comissionados indicados pelos progressistas, mas não imaginavam que ele fosse além. A vice-prefeita Maria Luci da Silva (PP) voltou de férias e não conseguiu entrar no próprio gabinete. Trocaram a chave da sala e demitiram a assessora dela.
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Não adiantou gritar
10/08
Mesmo com todo o berreiro, os vereadores aprovaram o aumento do número de vagas na câmara de Itajaí. A partir de 2013, a casa do povo passa de 12 pra 21 cadeiras. Luiz Carlos Pissetti (DEM) estava de licença; Elói Camilo da Costa (PMDB) e Laudelino Lamin (PMDB) votaram contra o aumento. Os outros parlamentares disseram sim aos 21.
À la Collor
13/08
Apesar de Samir Mattar (PMDB) estar afastado da prefa por causa da operação da polícia Federal, os vereadores da Barra Velha deram sequência ao processo de impeachment. E viraram a madruga fazendo a sessão de julgamento, que confirmou a cassação do prefeito afastado.
Turma do Brizola
31/08
Depois de muito namorico e propostas, enfim o PDT de Itajaí anunciou a aliança com a base governista. E Marcelo Sodré (PDT) entrou pra tchurma do prefeito Jandir Bellini (PP). Um mês depois, rolou a posse dos abobrões indicados pelos brizolistas peixeiros e, no mesmo dia, outra aliança inesperada: o PDT de Balneário Camboriú se juntou ao prefeito Edson Periquito (PMDB).
Não aumentaram
06/09
Navegantes não entrou na onda. Enquanto as outras citys da região estavam aprovando o aumento do numero de vereadores, os dengo-dengos votaram pela manutenção das 10 cadeiras. E no fim do mês a casa do povo da Penha também disse não ao aumento.
Tá na frente!
15/09
Na corrida pelo comando da prefa de Navegantes, Roberto Carlos de Souza (PSDB) disparou na frente da concorrência. Pelos índices apontados pelo instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Univali, se a eleição fosse em setembro, o prefeito seria reeleito com folga. Na pesquisa estimulada em que Bob Carlos concorre, no mano a mano, com o principal adversário político, Deba Cabral (PMDB), ele tinha 23,31% de vantagem.
Muitos indecisos
23/09
Os números mostraram que a briga pela prefa de Camboriú vai ser mesmo entre Luzia Coppi Mathias (PSDB), que tenta a reeleição, e Edson Olegário, o Edinho (PDT), que luta pra voltar pro posto. No entanto, de acordo com dados do instituto de Pesquisas Sociais (IPS) da Univali, os indecisos estão na frente, disparados, na corrida eleitoral. Na mesma pesquisa espontânea, Luzia aparece em segundo e o ex-prefeito em terceiro. Os outros nove nomes citados pelos entrevistados nem chegaram a 1%.
Caso Trocadeiro
26/09
A reportagem do DIARINHO investigou a transação de uma área que deveria ter abrigado a construção de bem público e acabou nas mãos do interesse privado. Hoje o imóvel abriga o Trocadeiro porto que tem entre os sócios as famílias Dalçóquio e Bellini, e aliados políticos. Em 1998, o prefeito Jandir Bellini (PP) assinou o decreto de desapropriação do terreno da Shell, no bairro Cordeiros; em 2001, suspendeu o documento; em 2010, a Bellini Participações assina a sociedade com o Trocadeiro. Mais tarde, a denúncia foi apresentada à promotoria de Moralidade Administrativa, que entendeu quese houvesse crimes já tinham caducado.
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