Itajaí

O que o povão vai guardar do ano de 2011 em Itajaí e região

Professor de história fala sobre os acontecimentos que marcaram o ano e não sairão da nossa memória

Greves, enchente, tragédias, cagadinhas das prefas. Quais fatos vão ficar guardados na memória do povo da região? O professor de história da Univali, Ângelo Ricardo Christoffoli, ajuda o DIARINHO a fazer uma retrospectiva dos acontecimentos mais marcantes do ano e aponta os que devem ficar gravados na história.

Greves

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Greves

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Durante o ano, muita gente cruzou os braços. Os professores da rede estadual de ensino fizeram a paralisação mais longa da história, com 62 dias sem aula, o que vai obrigar a gurizada a estudar até janeiro de 2012. “Infelizmente, isso deve ser esquecido, até pelo fato das greves serem rotineiras”, conta o sabichão. Ele só muda de opinião quando o assunto é a greve dos conferentes do Porto de Itajaí, que parou tudo no final de outubro e deixou um prejuízo de cerca de R$ 23 milhões pra city peixeira. “Nesse caso, há um outro elemento de análise, que afeta indiretamente a sociedade: o dinheiro. Há um ciclo no comércio e o porto é importante. Se ele não funciona, todos perdem. Mas a greve mostrou que tudo se encaminha para a perda de alguns privilégios. Aí acho que a memória da comunidade guarda esse fato”, comenta o professor.

Os policiais civis do estado também ensaiaram uma paralisação durante todo o ano, que ainda não está completamente descartada. Em novembro, eles chegaram a cruzar os braços por três dias. No setor federal, a coisa não foi muito diferente. Os funcionários dos Correios também pararam e muita gente ficou sem carta por 28 dias. Os médicos e dentistas da Maravilha do Atlântico também pararam no final do ano pra reivindicar um reajuste no faz-me-rir.

Ano também teve coisas boas

A largada da Volvo Ocean Race foi em novembro. O professor Christoffoli acredita que ela deve deixar muitas coisas boas à city. No entanto, a menos de 100 dias da etapa peixeira do maior evento náutico do planeta, os organizadores têm que se coçar pro tiro não sair pela culatra. “Pelo que vejo das outras cidades, muita coisa boa deve ficar em Itajaí. Mas, claro, vai depender do tipo de investimento que será feito. Mas acho que algo positivo, pois todas as cidades ganham em visibilidade. Depende se os investimentos que vão trazer benefícios reais para a população. Se não for assim, a Volvo pode ficar marcada de forma negativa”, decreta, lembrando ainda que o fechamento do Mercado Público para reforma, em outubro, já é um dos investimentos pra preparar a city pra regatona. Isso se o mercado ficar pronto até abril.

No apagar das luzes de 2011, a Maravilha do Atlântico também teve uma boa notícia: finalmente o molhe do Pontal Norte recebeu autorização da fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) pra construção. A obra deve iniciar em janeiro.

Segurança

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Mesmo já inaugurado desde dezembro de 2010, o presídio da Canhanduba ainda teve que esperar até março pra receber bandidões. Outro fato da segurança que chamou a atenção do público foi o julgamento do policial militar Hermelino Noé Caetano, acusado de matar o jovem Rafael Mendonça, em 2003 numa ação desastrada dos milicos. Noé foi inocentado pelo júri após 13 horas de julgamento. “Casos assim são mais pontuais pra família e para os amigos. Claro que a corporação se movimenta, mas na memória coletiva, vai ficar menos gravado. Entendo que um número maior de pessoas vai reclamar da falta de policiamento. Nós queremos ver uma ação da polícia, mas vão ocorrer falhas e elas devem ser punidas”, diz o professor.

O sabichão também afirma que não acredita que o povão vá guardar na memória as prisões feitas em 2011, mesmo as que tiveram acompanhamento da imprensa, como a dos ex-cartorários de Stalin Passos e Hercília Maria Medeiros Patta, que foram condenados a 100 anos de reclusão. “Eu acho que a população não guarda algo assim. ”, palpita. As 90 fugas de menores do Centro de Intermaneto Provisório (CIP) de Itajaí também devem ser esquecidas pelo povão.

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Saúde

Uma pendenga antiga também foi resolvida este ano. O hospital municipal Ruth Cardoso finalmente abriu as portas pro povão, mas quem não deve ter ficado muito contente com isso foi a administração do hospital Santa Inês, que perdeu um contrato com a prefa que rendia cerca de R$ 1milhão por mês. “O novo hospital deve modificar a região. A população esperava isso há muito tempo. Mas esse problema surgiu de uma incompetência anterior, que a longo prazo marcou a vida da população. Uma mudança desse nível é positiva. A saúde está tão ruim que quando uma estrutura nova é colocada à disposição, acaba marcando. Mas a médio e longo prazo, haverá uma sobrecarga e logo se dissipa essa primeira visão positiva”, alerta.

Trapalhadas

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“Virou até piada”. Foi assim que o professor resumiu as trapalhadas da prefa peixeira na formulação do projeto orçamentário da city, que foi copiada na íntegra de Porto Velho (RO), e sobre a anulação do Plano Diretor, que deixou Itajaí, mais uma vez, sem novas regras pra construção na vidade.. “Um vereador cego (Marcelo Werner, do PCdoB) descobriu o erro na lei. Nossos administradores públicos são uma lástima, de maneira geral. Tantos erros marcam uma administração”, conta.

Serial killer

Quem não teve um bom ano foram os animais marinhos. Vários foram achados mortos na costa, e pesquisadores do museu oceanográfico da Univali chegaram a fazer uma expedição pra tentar descobrir a causa da matança. Após percorrerem cerca de 350 km na costa catarinense, a pesca de emalhe foi apontada como principal responsável pelas mortes.

Mais uma enchente

Impossível lembrar de 2011 sem citar a enchente de setembro, que atingiu 50 citys da Santa & Bela, e deixou cerca de 60% de Itajaí alagada. Mesmo assim, o professor acredita que a referência de enchentes pro povo da região ainda será a de 2008, por ter causado mais estrago. “Pelo dano que causou e até pelo fator surpresa, a enchente mais marcante ainda é a de 2008, pois não ocorria uma há muito tempo. O que percebemos em casos assim é que a memória vai até a próxima enchente mais forte”., analisa.






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