As duas torcidas apareceram com familiares e bandeiras. Talvez pela proximidade, a turma do Dom Bosco estava em maioria. E foi dela o primeiro uhhhh. Nico recebeu lançamento na área, dominou, mas na hora de chutar apareceu um pé abafando a conclusão. Jeová assustou num chute de longe, antes da Portuguesa aparecer pela primeira vez em cobrança de falta de Igor, defendida por Bidu.
Continua depois da publicidade
Mas a equipe do Matadouro era quem pressionava. Diguinho lançou Siri que deu um chapeuzinho no zagueiro, mas perdeu a bola quando foi tentar dar outro. Aos 16, Jeová cobrou escanteio fechado e quase marcou gol olímpico, mas o goleiro Flávio espalmou, no rebote ainda teve uma cabeçada defendida pelo goleiro. No finalzinho do primeiro tempo, Nico recebeu lançamento e rolou pra Jeová mandar uma bomba rasteira.
Como o velho ditado diz que quem não faz toma, Rafael Couto recebeu lançamento, dividiu com o goleiro e na sobra mandou por cobertura abrindo o placar pro time dengo-dengo. Eu tava sem ângulo, então tentei colocar por cima e tive a felicidade de acertar, comemorou o boleiro de 28 anos.
Continua depois da publicidade
No intervalo, o experiente técnico Aílton, do Dom Bosco, tirou o meia Pedra pra colocar Jânio. E os peixeiros foram em busca do empate. Siri dominou de esquerda e chutou de direita obrigando Flávio a mandar pra escanteio. Depois Jeová lançou Siri que driblou dois e a bola sobrou pra Diguinho mandar uma bomba. O lance animou a torcida peixeira: ooo o Dom Bosco chegou, gritavam os torcedores. E foi no lance seguinte que saiu o gol. Jânio chegou na entrada da área e chutou cruzado pra empatar, 1 a 1.
O jogo ficou morno até Nico receber na ponta direita, ameaçar fazer uma embaixadinha e ver Cássio mandar pra longe, chegando duro. O atacante do Dom Bosco não gostou da chegada, chutou o adversário e foi expulso. Mesmo com um a mais, faltava um capricho no último passe da Portuguesa. A melhor oportunidade da Lusa foi quando Baianinho cobrou escanteio e Rafael Couto desviou de cabeça. A bola bateu na rede, mas por cima do gol.
Nos pênaltis
Já que ninguém matou o jogo no tempo normal, a disputa do caneco foi pros pênaltis. Flavinho, Lê, Rafael Couto, Wesley e Valcir marcaram pra Lusa. Coquinho, Jorginho, Diguinho, Jânio e Diego fizeram pro Dom Bosco. Aí vieram as cobranças alternadas. Baianinho mandou lá em cima e marcou pro time de Navega. Marcinho cobrou no canto e viu Flávio fazer a defesa que deu o título pra Portuguesa.
Já jogo na Portuguesa por seis ou sete anos, mas não seguidos. Estava fora ano passado e voltei este ano, contou o goleirão de 32 anos. Fábio prefere que a partida se decida no tempo normal e se for pros pênaltis, que termine logo. Tava torcendo pra que acabasse, senão eu teria que cobrar, disse durante a comemoração.
Quem deu um susto em todo mundo foi o técnico Altair Dário de Souza, o Dirinho. Quando a comemoração começou, ele sentiu dores no peito e precisou sentar. Mas foi só um susto e depois de uma aguinha já tava de pé dinovo e felizão. Foi um jogo bastante complicado, mas o grupo focou desde o início do campeonato pra ser campeão, garantiu a reportagem do DIAIRNHO, que recebeu um oi do presidente do Navegantes Esporte Clube (NEC), Egon da Rosa, que fez questão de dizer que quatro atletas dele estavam entre os titulares do time campeão.
Deu treta no final
Continua depois da publicidade
O lateral-esquerdo do Dom Bosco, Diguinho, procurou a reportagem pra contar que enquanto as equipes recebiam a premiação da copa Primavera, o vestiário do time do Matadouro foi invadido. Os ladrões roubaram celulares e dindim. Segundo o peladeiro, sumiram pelo menos dois celulares e mais de mil reales. Quando nós saímos pra pra premiação trancamos o cadeado e tinha um moleque, um dos gandulas, lá na frente ainda pra ficar de olho. A turma do Dom Bosco acredita que o safado que rapou a turma entrou pelo outro lado, a porta que sai do vestiário e dá acesso à rua.
