Buracos, rachaduras e uma dor de cabeça que parece não ter fim. As obras da galeria pluvial do terminal rodoviário da Fazenda, em Itajaí, deixaram problemas com os quais o advogado Norton de Oliveira Silva, 78 anos, convive até hoje. Segundo ele, a obra foi malfeita e rolam infiltrações em vários pontos da tubulação subterrânea. As paredes da minha casa tão rachando, contou.
O advogado vive há mais de 40 anos em uma casa na esquina entre as ruas Camboriú e Pedro Guerreiro Junior. Foi exatamente ali que, em 2009, a empresa Viapav, contratada pela prefeitura de Itajaí ...
O advogado vive há mais de 40 anos em uma casa na esquina entre as ruas Camboriú e Pedro Guerreiro Junior. Foi exatamente ali que, em 2009, a empresa Viapav, contratada pela prefeitura de Itajaí, começou as obras da galeria. O quebra-quebra, supervisionado pela secretaria de Urbanismo, terminou em 2010.
Três anos depois, seis casas da região, entre elas a do doutor Norton, passaram a sofrer com as infiltrações. Segundo ele, em mais de um ponto da tubulação rola vazamento por causa da tubulação. Isso tem acontecido nos últimos seis meses. É só olhar pra rua que tu vais ver, explica o advogado, apontando pro asfalto da rua Pedro Guerreiro Junior, recapado em seis pontos diferentes. A prefeitura só vem aqui e refaz o asfalto. Mas o vazamento sempre volta, acrescenta.
Um buraco de cerca de 15 centímetros de profundidade foi aberto recentemente em cima da calçada em frente à casa do advogado. De acordo com o denunciante, a minicratera é resultado também da obra capenga da galeria. O solo encharcado não aguenta, completa.
As paredes da casa do advogado também exibem as marcas da obra malfeita. A maioria das rachaduras foi coberta com tinta, conta o morador, mas há outras rachaduras mais mais recentes que ele exibiu à reportagem do DIARINHO, sexta-feira à tarde.
Água invade escritório a cada chuvarada
Quando chove muito, Norton e outros cinco vizinhos sofrem com inundações dentro de casa. O aguaceiro acumula água no quintal do advogado e avança pro escritório, que fica no térreo. A tubulação não dá conta do volume de água. Faz seis meses que esse problema é comum aqui na nossa região, revela.
Preocupado, Norton foi pessoalmente à prefa, em 25 de julho do ano passado, e protocolou uma reclamação formal. Mesmo assim, garante, nenhum barnabé ou abobrão deu explicações ou checou o perrengue. Se ninguém fizer nada, eu vou procurar o judiciário. Acredito que com a reportagem publicada o Ministério Público também comece a investigar o problema, sugeriu.
Paulo Praun, secretário de Urbanismo, afirmou que não tava sabendo do caso, apesar da reclamação por escrito feita pelo advogado ter sido endereçada ao secretário. Não chegou nenhuma denúncia pra mim sobre esse problema. A galeria tá pronta há muito tempo, alega.
O abobrão admite que, há pouco mais de um ano, rolou uma infiltração num trecho, mas o problema teria sido solucionado no ano passado. Aquestão é que o solo daquela região é ruim, mas vou ver com os engenheiros, concluiu.