A cena com certeza não vai sair mais da cabeça da mãe. No sábado de madrugada, a mulher viu o filho de apenas oito aninhos sendo abusado sexualmente pelo enteado, de 15 anos. Os dois são irmãos por parte de pai. Ela (a mãe) ficou bastante abalada, comentou a conselheira tutelar Tanalu Garcia Simões, que acompanha o caso. Além de um suporte psicológico pra criança abusada, os conselheiros também investigarão se houve mais abusos contra os outros dois irmãos pequenos, entre eles uma menina de três anos.
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A madrugada começou tumultuada na casa da família, que fica na rua Rio Grande do Sul, bairro Areias, em Camboriú. Já passava da meia noite quando a mãe, diarista, acordou e ouviu barulhos em um ...
A madrugada começou tumultuada na casa da família, que fica na rua Rio Grande do Sul, bairro Areias, em Camboriú. Já passava da meia noite quando a mãe, diarista, acordou e ouviu barulhos em um dos quartos. Ao ver o que acontecia, viu o filhinho fazendo sexo oral no irmão mais velho. Desesperada, saiu pra rua pra pedir socorro e chamar a polícia Militar. De acordo com o relato da PM, a mãe tava horrorizada com a cena. O adolescente tarado fugiu correndo.
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A conselheira Tanalu lembra que quando chegou na casa tava o maior alvoroço. Por conta disso, só foi possível conversar parcialmente com a criança abusada. Na manhã ontem, o pai e o menino de 15 anos apareceram na sede do conselho. De acordo com Tanalu, o adolescente não quis falar muito e respondia apenas sim ou não.
O pai disse aos conselheiros que o garotão já tinha histórico de problemas familiares. Ele morava com a mãe biológica em Pomerode, que o rejeitava. Por conta disso, foi parar num abrigo em Blumenau, destinado a crianças em situação de risco. Ficou por lá, até que o pai conseguiu que a dona justa lhe desse a guarda. A mãe biológica alegava que o menino não parava em casa e só causava problemas. O conselho tutelar não informou há quanto tempo o adolescente tá morando com o pai, a madrasta e três meio irmãos menores.
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O pai do adolescente e a mãe do menino abusado vivem juntos há 13 anos. A mãe da criança de oito anos já disse que não aceita que o enteado volte pra casa. Por isso, segundo a conselheira, como o abuso sexual de menor de idade é um ato infracional, o adolescente vai ser encaminhado ao juiz da Vara da Infância de Juventude, que vai decidir o que fazer com o agressor. Provavelmente ele vai cumprir medidas socioeducativas, acredita Tanalu.
O menino pequeno vai ser acompanhado pelos profissionais do centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Além do tratamento psicológico na criança, a família também terá um plá constante com os profissionais. O Creas vai fazer a abordagem pra tentar estruturar novamente a família. O pior é o atrito entre irmãos, aponta Tanalu.