Impedida judicialmente de contratar empresas ou peões em caráter temporário pra fazer a limpeza da city, a prefa de Balneário Camboriú tenta fazer com que a dona justa volte atrás na decisão. A prefa anunciou ontem que pretende contratar 200 agentes pra fazer a limpeza das praias e ruas da city, emporcalhadas devido à paralisação da Ambiental. A empresa cruzou os braços em 29 de agosto porque não recebe pagamento pelos serviços desde o início do ano. Enquanto a queda de braço continua, o povão e o meio ambiente é quem pagam o pato.
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De acordo com o subprocurador geral da prefa, Bruno Campagnolo, a juíza ainda não concedeu a liminar proibindo a contratação. A empresa entrou com mandado de segurança, e ela pediu informações ...
De acordo com o subprocurador geral da prefa, Bruno Campagnolo, a juíza ainda não concedeu a liminar proibindo a contratação. A empresa entrou com mandado de segurança, e ela pediu informações à administração pública, antes de tomar ou não a decisão, explica. Enquanto isso a prefa tá proibida de contratar mão-de-obra avulsa ou terceirizada pra tocar o serviço.
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O subprocurador explica que a prefa já tá atrás das informações necessárias pra tentar convencer a dona justa sobre a necessidade da contratação dos 200 agentes que entrariam por meio de concurso público. Nós vamos mostrar o que está acontecendo, a versão dos fatos, acrescenta.
O subprocurador justifica que a prefa deixou de pagar os R$ 800 mil mensais à concessionária porque os valores seriam abusivos. De acordo com o dotô Bruno, nos próximos dias vai ser concluída uma auditoria interna pra chegar a um valor devido. Nós estamos concluindo. O município chegou a um valor de pouco mais de R$ 500 mil. No fim, vamos sentar com a empresa e apresentar essa proposta, explica.
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Já ciente dos valores propostos pela prefa, mesmo antes do término da auditoria, a Ambiental bate pé e não concorda com os novos números. A situação, hoje, é de indefinição. Não se chegou a um acordo, admite o procurador.
Impasse rola desde janeiro
O problema se arrasta desde janeiro, quando a dona justa determinou que a taxa de lixo deveria ser paga pela prefa, e não mais pelos moradores. A prefa, então, deixou de pagar à Ambiental, concessionária dos serviços de limpeza, alegando que os R$ 800 mil mensais eram abusivos. A empresa cruzou os braços, deu férias pros funcionários e entrou com um mandado de segurança na Justiça, exigindo que a prefa fosse proibida de contratar mão-de-obra pra tocar o serviço. Em meio à pendenga judicial, apenas 20 peões da secretaria de Obras fazem o serviço de varrição de ruas.