Catador de sucata e vendedor de crack nas horas vagas. Essa era a vida do itajaiense Silvano dos Santos, mais conhecido como Velho, 40 anos, que já cumpriu pena por tráfico e foi preso na manhã de ontem no bairro Cidade Nova. Ele e a mulher, Glauciene dos Santos Medeiros, 36, vendiam duas pedras de crack pra uma usuária na hora em que foram flagrados pela polícia Militar. O atraque aconteceu na casa dos traficas, que fica na rua Ademar da Veiga, no loteamento Promorar.

Pelo que informou a PM, as denúncias de tráfico de drogas na casa de Velho já eram frequentes. Ontem, por volta das 10h da matina, depois de fazer um levantamento que comprovou o envolvimento do catador com a venda de crack, os fardados resolver agir. E foi batata. Na hora que invadiram a casa, a viciada V.C.C. comprava duas pedras da droga, por cinco pilas cada uma. Ela ainda tentou esconder as porcarias na bolsa, mas não conseguiu.

A PM vasculhou a casa e ainda encontrou mais quatro pedras do demo dentro de um frasco, além de um trezoitão carregado debaixo do colchão do quarto do casal. A grana de dois dias de venda de crack também tava escondida por lá: R$ 243.

Diz que ficou duro e teve uma recaída

Velho já foi condenado a cinco anos de cana. Três deles passou atrás das grades. Os dois outros cumpriu em liberdade. Ele jurou que tinha se emendado e que tava vendendo crack há apenas dois dias. Ficou duro e queria levantar uma graninha, justificou. “Comecei a vender ontem (quarta-feira). Tava sem dinheiro, aí caí nessa bobiça”, afirmou.

Glauciene, mulher de Velho, jurou que nunca vendeu crack ou outra qualquer porcaria. Teria caído de gaiata. Mas não teve jeito, os dois foram enquadrados por tráfico de drogas pelo delegado Etelino Steil. Velho foi pro complexo penitenciário da Canhanduba. Glauciene pro cadeião do Matadouro.

A viciada V., que de tão doidona chegava a rir da situação na depezona da rótula do Vanolli, vai responder pela bronca em liberdade.