Itajaí

Rapaz que teve o corpo incendiado depois do assassinato não era trafica, garante irmão

Mas família admite que ele era viciado em drogas

Sem direito a velório ou a uma despedida mais elaborada por parte dos parentes e amigos. Assim foi enterrado ao meio-dia de ontem, no cemitério do Gravatá, em Navegantes, o rapaz encontrado trucidado no bairro São Paulo, na noite anterior. As condições do corpo de Adriano Nunes de Oliveira, 19 anos, que foi incendiado depois do assassinato, e a pouca grana da família impediram que ele pudesse ter o velório.

Adriano tava desaparecido desde terça-feira e foi encontrado já morto no loteamento Eugênio Muller, no bairro São Paulo. Ontem de manhã, o irmão, Marcelo Nunes de Oliveira, 25, um cunhado e mais ...

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Adriano tava desaparecido desde terça-feira e foi encontrado já morto no loteamento Eugênio Muller, no bairro São Paulo. Ontem de manhã, o irmão, Marcelo Nunes de Oliveira, 25, um cunhado e mais outro conhecido, que pediram pra não ser identificados, esperavam no instituto Médico Legal (IML) de Itajaí a liberação do corpo. Segundo a polícia Militar, o rapaz já tinha passagens por tráfico e furto, mas a família nega que ele fosse traficante.

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Pra eles, Adriano foi vítima da própria ingenuidade. “Ele nunca achava que algo ruim ia acontecer”, disse o irmão. Até onde a família sabia, Adriano era apenas usuário de cocaína. “A gente nunca soube que ele traficava”, afirmou Marcelo.

Pro mano do rapaz assassinado, foram os próprios amigos de vício que, com ajuda de alguns traficantes, assassinaram Adriano enquanto estavam doidões do pó. O cunhado completa:“A gente nunca sabe quem são nossos amigos”, carcou.

Adriano foi encontrado morto a duas quadras de casa. Tava sumido desde a terça-feira, mas a família não se preocupou. Era comum que ele saísse de casa com os amigos e voltasse só no dia seguinte. As preocupações e a suspeita de que algo de ruim tinha acontecido só vieram quando a noite de quarta-feira chegou e Adriano não voltou pra casa. A família, toda reunida na casa da mãe do rapaz, saiu em busca dele. “A gente procurou por toda aquela rua”, contou o cunhado. Sem sinal de Adriano, ele já imaginou que o pior tinha acontecido.

Usuário de drogas desde os 14 anos, quando começou a fumar maconha, Adriano caiu no vício da cocaína em 2011, pelas contas do cunhado. Ano passado, ele chegou a ser internado em uma clínica de reabilitação em Itajaí, mas ficou pouco tempo.

Dependente químico, não queria saber de muita coisa na vida. Não trabalhava e tinha largado os estudos no segundo ano do Ensino Médio. O gurizão passava a maior parte do dia dormindo e costumava ficar na rua com os amigos.

Na véspera de Natal do ano passado, Adriano chegou a ser baleado por um morador do bairro São Paulo. Na época, ele e a mãe se mudaram de Navegantes para Joinville, devido ao medo da mulher de ver o filho acabar morto. Mas não adiantou. Adriano queria mesmo era ficar em Navega. Depois de quatro meses, a família voltou e o garoto reencontrou o algoz. “Ele [Adriano] perdoou ele [atirador]”, disse o cunhado, com a certeza de que o autor do assassinato não é a mesma pessoa que já tentou matar Adriano.

Ao saber da morte do filho mais novo, a mãe passou mal e teve que ser levada pro hospital. A família ainda não sabe o que vai acontecer, mas acredita que a coitada vá deixar novamente Navegantes. “Mas vamos esperar a poeira baixar pra decidir”, disse o cunhado.

Família espera respostas da polícia

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Vivendo o luto da perda, o que os parentes querem agora é agilidade nas investigações e respostas por parte da polícia. Eles já procuraram a polícia Civil e registrara o boletim de ocorrência. Não querem que a morte de Adriano seja esquecida. “Lá eles matam bastante, a polícia não faz nada”, criticou Marcelo, referindo-se ao bairro São Paulo.



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